segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Membros da Liga dos Servos de Jesus estiveram presentes na Sé de Aveiro, no dia 14 de setembro, na entrada solene de D. António Manuel Moiteiro Ramos, para lhe manifestarem a sua gratidão e amizade



                Para conhecimento de todos deixamos o texto da
                                    bula de nomeação


Tradução da  bula da nomeação de D. António Manuel Moiteiro    bispo da  Diocese de Aveiro

Francisco, Bispo, Servo dos Servos de Deus,

Ao Venerando Irmão António Manuel Moiteiro Ramos, até agora Bispo  titular de Cabarsussi e Auxiliar da Sé Metropolitana de Braga, transferido para a  Diocese de Aveiro, a nossa saudação e Bênção Apostólica.

Tendo, com a nomeação  do Excelentíssimo Senhor D. António Francisco dos Santos para  Bispo do  Porto, ficado vaga a Igreja Catedral de Aveiro, Nós, sucessor de São Pedro, ouvido o conselho da Congregação para os Bispos, reconhecendo que estás munido de dotes comprovados e tens experiência dos assuntos eclesiais, dispensando-te do vínculo à Sé  titular de Cabarsussi e do referido múnus de bispo Auxiliar, com o supremo poder  Apostólico, julgando-te idóneo para ficares à sua frente, te nomeamos Bispo da Sé de Aveiro com todos os direitos e obrigações.

Ordenamos, além disso, que destas Letras  dês cabal conhecimento ao clero e ao teu povo, a quem exortamos que te recebam de boa vontade e se mantenham unidos a ti.

Por último, dilecto Filho, seguindo o exemplo de Cristo Bom Pastor, procura cumprir este novo ministério episcopal sobretudo mostrando a caridade de Cristo, de modo que os fiéis a ti confiados caminhem na Lei do Senhor ( cf.Sal.119,1) e tu os saibas governar  com todo o cuidado.

Os dons do Espírito Paráclito, por intercessão de Nossa Senhora de Fátima, estejam para sempre convosco, Filhos para Nós caríssimos de Portugal.

Dado em Roma, junto a S. Pedro, no dia quatro do mês de julho, no ano do Senhor de dois mil e catorze, segundo do nosso Pontificado.

                                        Francisco

                                                                                      Francesco  Di Felice, Protonol.Apost.



A Ir. Purificaçao partiu para Deus no dia 12 de setembro de 2014



Coloco estas duas fotografias, onde podem distinguir bem a ir. Purificação. Foram tiradas no dia 14 de  junho de 2014 no  Seminário do Fundão. Este foi o espaço onde ela  viveu a maior parte da sua vida de Serva de  Jesus. Tinha no seu coração um grande amor a este lugar e a todas as pessoas que aqui conheceu, por isso, quis estar presente no dia  em que foram encerradas as atividades da Liga dos Servos de Jesus nesta casa.




 
           


                                    O grupo que esteve presente no encerramento das
                            atividades da  Liga  dos Servos de  Jesus no Seminário.


            Um Testemunho sentido e partilhado

“Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”. (1ª Cor. 15,20)
 
 “Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos. Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» ( Mt. 13, 31-33)
 
Não foi há muito tempo que a Irmã Purificação de Jesus nos deixou num breve adeus.
Na Eucaristia que antecedeu o cortejo fúnebre o Assistente Geral da Liga deixou os seguintes pensamentos:
Face a uma assembleia cristã tão específica e tão conhecedora da Palavra de Deus, bastava à mesma consciencializar o que ensinava S. Paulo na primeira leitura. Na verdade, Se Cristo não tivesse ressuscitado, seria sempre vã a nossa vida e ainda mais vã a nossa atividade apostólica. Mas não! Cristo ressuscitou e Ele não deixa de ser como as primícias da ressurreição de todos nós. Mais fácil de compreender, continuou ele, eram as duas parábolas do Evangelho sobre o Reino de Deus: a parábola da mulher que coloca o fermento em duas medidas de farinha e a do homem que espalha o grão de mostarda, a menor das sementes, até se tornar em árvore.
Foi com os ensinamentos destas duas parábolas que depois falou da ir. Purificação.
Conhecera-a, pela primeira vez, em 1967. Era ele uma criança. Todos os dias trazia aos alunos e levava aos sacerdotes o alimento necessário. Depois acabaria por lidar com ela durante muito tempo e em diferentes atividades.
A ir. Purificação, disse ele, foi a mulher do TRABALHO: paciente, escondido, humilde e constante. Paciente, pois era necessário saber esperar horas a fio e de modo atento, até que o mesmo se pudesse concluir; escondido, pois tal como o fermento também passava despercebido, mas sem deixar de atuar; humilde, porque sempre verdadeiro; constante, pois a irmã sabia estar sempre no lugar que lhe competia.
A ir. Purificação foi uma mulher de ORAÇÃO: sempre pontual (andasse ela por onde andasse na hora certa ela aparecia na comunidade e em comunidade rezava). Oração revestida de Simplicidade (sem muitas palavras, mas sempre com as indispensáveis). Da oração feita em Segredo. (e por ter sido em segredo, só Deus a terá conhecido. Por essa oração, a ir. Purificação, neste momento, já terá recebido a recompensa).
A ir. Purificação foi uma obreira da PAZ: Ela soube ser tolerante sem deixar de ser exigente e estando sempre com todos, nunca deixou e era a primeira a estar do lado dos mais fracos.
A ir. Purificação foi a mulher da PREPARAÇÃO tranquila: Preparação que foi sempre crescendo como o fermento da parábola ou como a semente da mostarda; da preparação feita através da vivência do ideal do servo de Jesus e da Liga; da preparação tranquila nos últimos meses em que a doença se visibilizou exteriormente. Pelos sacramentos recebidos ter-se-á purificado ainda mais para Deus.
A ir. Purificação foi a mulher da TRANQUILIDADE serena, pois que consciente de que Deus também reinou nela e por ela. E tal como as flores adormecem tranquilas no seu existir e no seu perfume, também ela assim adormeceu junto do Senhor a Quem tantas vezes recebeu como Pão eterno e para o Qual soube transportar não apenas flores naturais, como também a flor da entrega generosa e o aroma de quem se deixa conduzir pela força do Seu Amor.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

MENSAGEM DO ASSISTENTE GERAL DA LIGA DOS SERVOS DE JESUS PARA O MÊS DE SETEMBRO


 
    
ASSUNÇÃO E NATIVIDADE DE MARIA

Em 15 de agosto a Igreja celebra sempre a Assunção de Maria ao céu. A celebração mariana mais próxima liturgicamente falando é a festa da Natividade de Maria 8 de Setembro. Parecendo acontecimentos cronologicamente tão distantes a verdade é que a festa comemorativa da Assunção de Maria ao céu (15 de Agosto) e a festa comemorativa do seu nascimento para este mundo (Natividade - 08 de Setembro) aparecem intrinsecamente ligadas. Ao ser a Senhora Assumpta ao céu, Maria entra no Absoluto de Deus. Não sabemos como (se passando ou não pela morte), nada disso é importante, mas gosto da forma como Augusto Gil, poeta da Guarda, contornou o problema: “ e a pendida fronte ainda mais pendeu, e a sonhar com Deus, em Deus adormeceu”. Era assim em termos idênticos que o povo cristão primitivamente chamava a esta festa: “ a Dormição de Nossa Senhora”.
A Assunção de Maria acaba por ser a Festa do seu nascimento definitivo na casa do Pai, ela que fora constituída como casa de Deus e a porta do céu; A Assunção é a festa do reencontro de Maria com o Seu Filho ressuscitado, agora de modo real na Casa do Pai: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai?”.
Para mim, a festa da Assunção é também a Festa do matrimónio em plenitude. Da plenitude do matrimónio de Maria e José: “Aí nem se casam, nem serão dados em casamento”. Mais do que anjos, Maria e José serão sempre a Mãe de Deus e o Esposo de Maria. Na Assunção de Maria ao céu, há o reencontro como casal, que foram e são. A alegria do permanecerem juntos e em Deus. Talvez seja, (é certamente) o paradigma familiar dos casais que, aqui na terra e em Igreja, se tornaram e foram “sacramento do Amor de Deus”. Nessa situação, penso estarem os nossos pais… E tantas e tantas outras famílias nossas conhecidas. Assim se entende o poeta quando canta:
“ E ámanhã, quando a morte, de mansinho,
Vier pedir ao Mundo o nosso adeus,
Hão-de os anjos cantar devagarinho:
- Terão na eternidade um só caminho,
Pois são só um do outro e os dois de Deus!”.
A morte é pois, a meu ver, a última Natividade em Deus. O ser concebido e o ser dado à luz, é não só a nossa natividade terrena, mas também a nossa natividade divina pois que o Amor que nos acalenta e estende os braços, que nos acaricia e alimenta, que agasalha e nos vela no sono, que sorri para nós e ensina a amar outro não é senão o amor de Deus expresso de modo sublime pelos mensageiros deles e que nos são mais caros. Faz pois, pleno sentido a proximidade das festas da Assunção de Maria e a sua Natividade. Factos reais diferentes, realidades teológicas bem próximas. A meu ver, urge atualizar em nós esta dinâmica espiritual: Ir celebrando simultaneamente os mistérios da nossa natividade terrena e da nossa natividade divina. Isto acontece mediante os sacramentos do Batismo, do Crisma e da Eucaristia. Nestes três sacramentos verifica-se: o Morrer para e o ressuscitar em. Melhor dizendo: o subir ao Céu (Assunção) e o permanecer em Deus, pois que o nosso nascimento para este mundo tem de ser m contínuo viver em Deus. A nossa partida deste mundo o definitivo e perene nascimento em Deus.
“ Faltava ainda nove meses para que a santíssima virgem visse a luz do mundo e já era objeto da mais terna afeição da SS. ma Trindade. O Padre eterno via em Maria a Sua filha predileta, o Filho anelava para que ela fosse a Sua mãe e o Espírito Santo amava-a como Sua esposa muito querida”. (Luz e Vida, Amigo da Verdade, Janeiro, 1932, nº 304) - D. João de Oliveira Matos .                                                    

Guarda 2014-09-01
Assistente Geral
P. Alfredo Pinheiro Neves