segunda-feira, 30 de junho de 2014

ENCONTRO , EM FÁTIMA DE MEMBROS DA LIGA DOS SERVOS DE JESUS E SIMPATIZANTES…(28-06-2014)




Os encontros realizados pelas membros da Liga dos Servos de Jesus  têm sempre a vertente espiritual  sem descurar  a  vertente humana do convívio na alegria e partilha de sentimentos, sonhos e, decerto ,os desejos de trilharmos o caminho  segundo o Carisma  legado pelo nosso Fundador  - D. João de Oliveira Matos.
No dia 28 de Junho de 2014 reunimo-nos mais uma vez, com o seguinte  programa:
10,30h - Conferência;  11,45h – Adoração Eucarística; 12,45h – Almoço  e tempo livre   até Às 16 h;  Seguiu-se a Eucaristia e despedida .
Foi conferencista   o Senhor Padre José Augusto  da Congregação do Verbo  Divino. É natural da diocese da Guarda e atualmente reside em Fátima. 
Para quem quiser meditar  fica o tema que nos transmitiu:
Se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter ? (Mt. 5,46)
Jesus, no Sermão da Montanha, apresenta-se como  Novo Moisés que vem dar pleno cumprimento à Lei. O  amor não pode conter ódio, quando a medida do  amor é o Pai celeste. Ser  filho de Deus é aprender a  amar como Deus, que faz que o sol se levante e a chuva caia sobre bons e maus (Mt 5,43-48). Contemplando a  natureza, intuímos a perfeição dum amor divino, sem condições nem reacções, donde promana a vida e brota o amor. O mandamento do amor já não pode ser um «não fazer o mal» ( não matar, não roubar, não mentir, não cometer adultério, não levantar falso testemunho...)    (cf. Jovem rico, 19,16-22) . Ser perfeito é aprender a viver da fé e a ter como único tesouro o amor a Deus e ao próximo. Isto supõe o amor aos inimigos, a oração pelos que nos perseguem, saudar os que nos viram a cara, desprender-se de todas as seguranças, ser capaz de vender tudo o que se tem, dá-lo aos pobres e seguir Jesus. Seguir Jesus é aprender a servir e a não retribuir o mal com o mal. Jesus critica uma vida assim, pois acabamos por imitar aqueles que criticamos. Esta é uma vida pagã, semelhante a um amor mercado que resvala para olho por olho e dente por dente .( Mt5,21-48).
Amar resume toda a Lei ( Mt.22,35-40). E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: «Mestre, qual  é o maior e o  maior mandamento da Lei? » Jesus disse-lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo  como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas», por isso, «não matar» significa tudo aquilo que mata ou fere a relação com o outro: insultá-lo, maltratá-lo com palavras ofensivas, desprezá-lo (Mt. 5,21-22). Promover a reconciliação quando há divergências é dar a vida (Mt. 5,25-26).
Amar à medida de Deus é ser fiel ao amor conjugal e não cometer adultério, nem de olhar, nem de desejo, nem coração (Mt5,27-28). É evitar a rutura do laço do casamento com o divórcio, porque o amor fiel e indissolúvel   faz parte do projeto  original de Deus .(Mt.5,31-32; 19, 1-9). É dar bom exemplo não escandalizando os mais fracos (Mt. 5,29-30) nem os mais pequeninos (Mt18,6-9). É aprender a viver na verdade, sem juramentos nem perjúrios(Mt.5,33-37).
Um amor que dá esmolas para que os outros vejam, não é a verdadeira expressão de amor e compaixão pelo outro, mas uma instrumentalização do pobre para nos engrandecermos aos olhos dos outros. Quando se pratica a caridade, a oração e o jejum para sermos recompensados socialmente, significa que ainda andamos `volta de nós mesmos e não acreditamos naquele que vê o coração e não a máscara ou representação hipócrita (Mt. 6,1-36). É uma falta de fé, de esperança e de caridade. Julgar o outro e condená-lo ou exaltá-lo é usurpação da função misericordiosa e justa de Deus. Temos a trave do orgulho que nos impede de ver o argueiro  no outro(Mt. 7,1-5). Cada um deve primeiro buscar o reino e a conversão  própria para poder ajudar o outro na correção fraterna (Mt.18,15-18) e na busca do irmão perdido (Mt. 18,10-14).
«O louvor perfeito» brota da simplicidade e da verdade das crianças, que têm um « coração puro» (Mt. 5-8) . Foram elas que puderam identificar o «Filho de David» e gritar «hossanas», “ver a Deus” (Mt 21,15-16). Quando se quer fazer uma oferta sobre o altar, deve-se ir com o coração em paz e o perdão da reconciliação (Mt.5,23-24). O perdão (per-don), o dom perfeito, é a  forma mais eloquente do amor. É um dom de Deus (Mt 9,8), de Jesus à sua Igreja (MT 16,19; 18,18). É ele que nos faz perfeitos filhos de Deus e irmãos de Jesus Cristo que veio para nos resgatar dos nossos pecados e fez connosco uma aliança eterna (Mt.18,21-35).
Amar com a medida de Cristo é viver as  bem-aventuranças (Mt5,3-12), não como uma utopia idealista, mas como um seguimento de Jesus pobre, casto, obediente, perfeito Servo de Javé, a semear e a frutificar vida.
Dois exemplos de traição, Judas e Pedro, que têm dois finais diferentes. Pedro chora o seu pecado(MT. 26,69-75), aceita o perdão de Jesus e confia na misericórdia daquele que o amou, mesmo sabendo que o ia trair (Mt. 26,30-35). Judas sente remorsos, confessa o seu pecado, devolve o dinheiro, mas não se perdoa a si mesmo nem confia na misericórdia daquele a quem traiu, por isso, enforca-se (Mt. 27,3-10).
Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a  lei do amor. Que bom é termos esta lei! Como nos faz bem, apesar de tudo amar-nos uns aos outros! Sim, apesar de tudo! A cada um de nós é dirigida a exortação de Paulo: «Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem » (Rom 12, 21). E ainda: «Não nos cansemos de fazer o bem » (Gal.6,9). Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento  estejamos chateados com alguém. Pelo menos digamos ao Senhor: «Senhor, estou chateado com este, com aquela. Peço-vos por ele e por ela». Rezar pela pessoa com quem estamos irritados é um belo passo rumo ao amor e é um ato de evangelização. Façamo-lo hoje mesmo. Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno ! ( EG 101).
Canso-me de perdoar e ponho limites: quantas vezes ? ( Mt 18,21-34; 5,15). Guardo ressentimento e corto comunicação ou peço a Deus o dom do perdão ? Amo a todos/as ou faço descriminação ? Busco o  amor perfeito que vejo em Deus Pai e nas bem-aventuranças vividas por Jesus?

                                                                                                                                Pe. José Augusto,svd

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A História anda para a frente… quem conduz a história sabe para onde vai… A cada serviço que Deus nos pede devemos estar numa disponibilidade absoluta, sempre na certeza do que diz o Salmo… Ele é a nossa herança e o nosso refugio!!!



O seminário de Nossa Senhora de Fátima, no Fundão, foi  fundado em 1915 com a capacidade  para 300 alunos. Os membros da Liga dos Servos de Jesus, desde os primeiros tempos , estiveram presentes na realização dos serviços domésticos e no acolhimento ás crianças. Neste tempo em que o «espaço Seminário» vai iniciar a vivência de outras realidades e prescinde dos serviços das Irmãs, o Senhor Bispo, D. Manuel da Rocha Felicio, quis que os membros da Liga estivessem presentes num tempo de acção de graças a Deus  pela vida de tantas irmãs que deram o melhor de si a Deus nas atividades realizadas para o bom funcionamento  desta casa. Celebrou-se a Eucaristia na capela do seminário. Alguns pontos da homilia o Senhor Bispo-« lembrou que todos estamos para servir segundo o  que Jesus Cristo nos vai apontando.
      Dar Graças a Deus pelo  serviço prestado nesta casa.

acolhimento e acompanhamento aos meninos;

colaboração com os sacerdotes que faziam parte da  equipa educativa;
   Louvar o Senhor por todos os membros da Liga que, ao longo de muitos anos, aqui cumpriram esta missão… »

Foi rezada  a seguinte oração:

Senhor Jesus Cristo, que nos mandaste servir o Vosso Reino nos mais variados campos por onde Ele se estende, nós vos damos graças por nos teres permitido colaborar convosco neste campo do Seminário, que desde há ta tos anos semeou a proposta da vocação sacerdotal de tantas crianças e jovens.

Na hora da mudança e da partida deste serviço, damo-Vos Graças pelo dom de tantas  irmãs pertencentes  à Liga dos Servos de Jesus que aqui se entregaram a acolher, a cuidar, a amar e em tudo servir o Vosso Reino; às que já partiram Senhor concede-lhes o prémio da vida eterna; às que ainda se encontram no meio de nós dai-lhes o conforto da missão cumprida e a todos nós fortalecei-nos na esperança de que a nossa missão será útil enquanto servirmos o bem da Vossa Igreja, presente nesta diocese da Guarda.

A Vós Cristo, Servo Obediente, entregamos a nossa acção de graças por todos os benefícios que nos concedeis e pelo dom da Fortaleza que procede do Vosso Espírito Santo, nas horas de dificuldade.

Seguiu-se um almoço de confraternização  e  convívio. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Mensagem do Assistente Geral para o mês de Junho !!!

                        
                            
                                              MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

                   

 
                        «O amor de Deus é o verdadeiro tesouro do ser humano»
          O mês de junho é na igreja e na piedade popular o mês do Coração de Jesus. Devoção tardia na Igreja mas com caris muito significativo. Na verdade esta festa acaba por conjugar o sofrimento humano com a alegria própria de Deus. O amor divino e a Sua Justiça, a ternura e simplicidade com a constante necessidade de combate e do sacrifício. O humano com o divino.
Esta festa é a festa da humanidade de Jesus e do seu amor por todos e cada um de nós. Amor que se traduz na complacência de quem não se cansa de amar suportando todas as possíveis ingratidões das pessoas. Nisto se revela a divindade.
Este é o mês dos dias longos, dos dias bem quentes e extenuantes. É o tempo de se produzir e de dar fruto. Tempo de crescimento. Na vertente espiritual podemos dizer que o mês do Coração de Jesus é o tempo favorável para se sentir e viver toda a riqueza descrita por S. João na sua primeira carta: “conhecer e acreditar no amor que Deus nos tem”(1º Jo. 4,16).
Leão XIII, Pio XI, Pio XII, Paulo VI foram os papas para quem este mistério que envolve o Coração de Jesus mereceu particular interesse. Quantos escritos não apareceram nessa altura. Particular destaque nos merece o papa S. João Paulo II. Ele tornou-se arauto incansável do amor deste Coração inefável. A encíclica “Dives in Misericordia” (1980-11-30) ele a consagrou a este amor misericordioso. Em mensagem dirigida ao Apostolado de Oração de Itália, (1984-03-30) pedia-lhes oração e oferecimento quotidiano pela conversão dos pecadores, pelas necessidades da Igreja e pelas autoridades civis…
Ora como sabemos, a devoção ao Coração de Jesus expressa-se de modo particular em dois atos muitos concretos: a consagração e a reparação.
A CONSAGRAÇÃO nada mais é senão reconhecer Jesus como Deus, a entrega total ao Seu amor e a nossa confiança absoluta na sua misericórdia.
A REPARAÇÃO pede-nos a caridade de rezarmos e de nos oferecermos em sentido “vicário” também pelos outros. Tornando-se reparadora cada pessoa manifesta, não só a sua consagração a Deus e aos irmãos, como se afirma verdadeiro apóstolo da misericórdia assemelhando-se em tudo à missão do Filho unigénito de Deus. É nesta dimensão que a “comunhão reparadora” se torna significativa. Nesta teologia se enquadra e compreende a oração do Anjo em Fátima:            “Santíssima Trindade, Pai, Filho Espírito Santo adoro   Vos…”                                                                                                                                            
Como era conhecedor de toda a riqueza inerente a esta doutrina o nosso Fundador e como ele a soube pôr em prática. Ele a imprimiu, por escrito, na Obra por ele fundada e lentamente a foi inculcando no espírito de todos os Servos. D. João quis:
 A consagração mediante a santificação pessoal sempre ligada aos compromissos batismais e na procura da santificação dos outros; (Acta da Fundação).
A reparação “desagravando Nosso Senhor de tantos crimes que se têm praticado… reparando e apostolizando em todos os campos de ação”. (Acta da Fundação).
Amor, caridade, misericórdia, doação, entrega, confiança, busca da salvação, generosidade, simplicidade, alegria, paz e paciência, doçura delicadeza e bondade são alguns dos muitos gestos gerados e que transbordam do Coração de Jesus. Gestos que o Sr. D. João sempre amou e destacou nos seus diversos ideais. Gestos com os quais ele enquadrou e sinalizou as Regras de vida espiritual e o Primeiro Regulamento dado à comunidade do Rochoso, em junho, dia 13, ano de 1924, festa de Santo António.
Não esqueçamos ainda o que D. João, a este respeito, escreveu numa outra ocasião:

“… Há, finalmente, as almas reparadoras que formam como que um cortejo em volta do Reparador divino e de sua Mãe, a grande Reparadora, oferecendo-se por Maria, em união com Jesus Cristo, ao Eterno Pai, para repararem, por meio das suas orações, sacrifícios e vida intensa de apostolado, o mal que os seus irmãos transviados cometem contra Deus e contra a sociedade. São almas vítimas que seguem as pisadas do Cordeiro Divino, imolado por amor dos homens e de sua Mãe, que permaneceu firme e de pé no Calvário, até que o sacrifício estivesse consumado. São estas almas, e só estas, verdadeiros para-raios da Justiça Divina”

Amigo da Verdade secção Luz e vida, nº 228, 1931.
O Amor vence tudo, tudo alcança e jamais desaparecerá.
Que este mês de Junho seja para todos nós tempo favorável à vivência desta sublime doutrina.
Guarda 2014-01-01

Assistente Geral

P. Alfredo Pinheiro Neves
P.S. Deixo como sugestão que as adorações eucarísticas levadas a efeito em todas as casas, durante este mês do Coração de Jesus, não deixem de ter esta mesma doutrina, como intenção primeira.

Recordações da Kilenda - Angola...



  D. Luzizila Kiala, atual Bispo da diocese do Sumbe,  realizou a visita Pastoral à Kilenda  nos finais do mês de Abril. Ficou hospedado na nossa casa o Centro Missionário D. João de Oliveira Matos. Este espaço faz lembrar a casa de Marta e Maria em Betânea. É um lugar de acolhimento onde todos se sentem bem. Um grande abraço para os membros desta comunidade