segunda-feira, 17 de março de 2014

«Por isto é que todos conhecerão que sois meus discipulos: se vos amardes uns aos outros» (jo.13,35)





Dia 15 de Março de 2014 realizou-se mais um encontro de formação e convívio para os membros da Liga dos Servos de Jesus e simpatizantes da mesma. Acolheu-nos a casa, Lar  D. Isabel Trigueiros, no Fundão. Orientou o encontro o Senhor Padre Luís Miguel Pardal Freire. Fez-se o acolhimento aos participantes e, após uma breve oração, escutámos a palavra do Orientador que teve sempre a preocupação de colocar a Palavra de Deus como o centro de tudo o que ía ser dito. Iniciou com a profecia de Neemias ( Ne,8-1…)  «o sacerdote Esdras trouxe o  livro da Lei diante da Assembleia… O povo reuniu-se, todos os que eram capazes de compreender, para ouvir a palavra de Deus….» A Igreja deve continuar a reunir-se em nome da Palavra de Deus que é Jesus Cristo. Se não entendemos que a nossa reunião em Igreja é Jesus Cristo então fica tudo comprometido… A Igreja não é uma associação. O sinal da longevidade da Igreja é esta força que vem da pessoa de Jesus Cristo; a Lei maior « não faças aos outros o que não queres que te façam a ti…»; os valores verdadeiros que existem na sociedade têm origem em Jesus Cristo.
Todos nós somos pecadores… mas todos nós temos  vontade de seguir Jesus Cristo.
O Papa Francisco inspira-nos a olhar e a perceber que a Fé da Igreja é simples… assenta na Palavra de Deus. O Evangelho tem que ser vivido com alegria… a Palavra de Deus é para todos.
Seguiu-se um tempo de Adoração Eucarística onde, para além da oração de louvor e acção de graças, todos fomos convidados a meditar a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014, cujo tema retirado da carta de São Paulo ( 2Cor.8,9) é: «Jesus Cristo fez-se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza».
Após o almoço houve tempo de convívio e partilha de ideias…
Seguiu-se a meditação da Paixão de Jesus Cristo nas estações da  Via Sacra, terminando com a Ressurreição de Jesus   celebrada na Eucaristia.

sábado, 8 de março de 2014

Mensagem do Assistente Geral para o mês de março e... pequenos flaxes da viagem à Kilenda!




                              A LIGUA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEM ESPECÍFICA
 
                                          A LINGUAGEM ESPECÍFICA DE DEUS
                                                                                                                           (mês  março)

Não me foi fácil entender e fazer-me entender com os nativos de Kilenda – Gabela e outras terras de Angola por onde passei não há muito tempo. Apesar da língua de Camões nos tornar mais próximos uns dos outros, o desconhecimento mútuo da regular construção frásica, os dialetos existentes e as expressões próprias dos nativos, dificultavam um pouco o pleno sentido da nossa relação. Diria a minha mãe se lá tivesse estado comigo: - “Arre…! Fala-se em alhos e entendem bogalhos”. Talvez eles pensem o mesmo de nós e o exprimam de forma diferente.
Com mais graça, acudia-me a irmã Conceição Alpendre, sempre bem-disposta e em jeito de anedota recordando o diálogo de um pai no registo civil, sem a mãe pudesse estar presente para fornecer os dados corretos:
- Então que nome dá o senhor pai à sua criança? – perguntava o escrivão.
- A mãe disse c‘ Ana.
 - O quê?
- Nova resposta do pai: - “ presc’ana ”;
- Que quê? – perguntou de novo o escrivão.
- Olhe, já na sei: “ prant ´Ana”.
Assim se registou um novo nome muito “sui generis” do novo membro da família: “PRANTANA”.
                     Mudando de assunto e na sequência do mesmo.
O nosso Deus estabeleceu e estabelece connosco a Sua relação pessoal num idioma muito mais simples mas extremamente exigente que foi e é a caridade; numa linguagem simplificada traduzida sempre por gestos de amor.
O AMOR é a única comunicação possível de Deus connosco e a comunicação necessária de nós com Deus e com os outros.
É assim que para nós cristãos, deve ser entendido este tempo de Quaresma, de Semana Santa, de Páscoa e posterior tempo pascal. Tempo de Amor.
Com muito mais razão assim deve ser entendido e se impõe a todos nós que integramos a Liga dos Servos de Jesus.
Quando o cristão sabe entregar a sua vida como Jesus o fez, não deixa de receber uma nova vida em tudo idêntica à de Deus. Citemos a título de exemplo

“ Deus não poupou o Seu Filho mas entregou-O por nós”.

“ Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

“ Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas”.

“ Ninguém me tira a vida, sou eu que a dou”.

“ Tal como eu fiz, assim deveis fazer vós também”.

“ O servo não é mais que o seu Senhor. Basta que o servo seja como o seu Senhor”.

Estas afirmações de Jesus lançam o máximo de luz sobre o sentido do dar a vida”, do valor da cruz, da dor, do sofrimento e da própria morte.
A linguagem da cruz é a linguagem do amor. A cruz, como diz S. Paulo, será sempre “loucura” para os pagãos, “maldição” para os judeus mas para nós, que seguimos a Jesus Cristo, “Sabedoria” de Deus, linguagem de salvação, de amor e de perdão. Nós pregamos Jesus Cristo, mas Jesus Cristo crucificado. Digo mais, Cristo que morreu e ressuscitou.
Hoje, mais do que nunca, o nosso Deus continua a falar connosco a Sua linguagem de Amor. Urge a todos nós, saber responder-Lhe com dinâmica igual.
O amor de Deus deve repousar em nós. O Amor de Deus deve-nos consagrar e constituir-nos linguagem específica de Deus para o mundo de hoje e de sempre.
Deste modo poderemos então entender a profundidade do nosso Fundador quando nos dizia:
  “ Enquanto as comunidades não forem comunidades de amor, nada se conseguirá”.
Este ano propusemo-nos desde o início, fazer de todas as nossas comunidades verdadeiros ícones da Trindade. A Trindade é e será sempre Comunidade de Amor pleno e perfeito. Todas as comunidades devem tender para ela.
A Liga dos Servos de Jesus conseguiu e foi sempre mais resplandecente e viva, quanto mais cada servo soube cultivar e reproduziu em si e para os outros a linguagem de AMOR / CARIDADE. Ou seja: amar o Outro como o Próprio Deus o Ama.
Certamente ainda hoje poderemos fazer mais e melhor. Urge pois continuar. É que o Amor nunca se esgota. Amor gera amor.
A caridade nunca acaba. É para sempre.

Guarda, 2014-03-01

P. Alfredo Pinheiro Neves
(Assistente Geral)
 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Mais uma estrela a brilhar junto de Deus...






Maria de Lurdes Martins  nasceu a 15 de Maio de 1933 em Rapoula do Côa, concelho do Sabugal. Ainda muito jovem entrou na comunidade do Rochoso. Desde sempre revelou capacidade de trabalho e espírito de sacrifício.  Acompanhava as outras irmãs nos trabalhos do campo, a cozer o pão, a  cozinhar…

Prestou serviços idênticos noutras comunidades tais como o Centro de Assistência Social, Seminário da Guarda… onde era conhecida por ser uma boa cozinheira.

Decerto que na vida de Serva , em cada uma das suas atividades,  procurou viver  a primeira regra dos membros da Liga dos Servos de Jesus. « Lembrem-se de que  foram chamadas a viver em comunidade só para adiantarem na virtude e repararem com o seu amor e acção o dano causado pelos pecadores à glória de Deus ».

Os anos foram passando… para além do trabalho intenso também foi provada pela doença que, pouco a pouco, a tornou mais vulnerável e com pouca resistência física. Passou a  integrar a comunidade de STª Luzia onde viveu os últimos anos procurando sempre estar ativa e ser prestável naquilo que lhe era possível.

Últimamente a doença acentuou-se e, no dia 05 de Março de 2014, pelas 18,30horas, encontrando-se internada no Hospital Sousa Martins, na Guarda, Deus a veio chamar, para ir viver a vida eterna…

Por tudo o que realizou durante a sua vida decerto que não tinha a preocupação de receber agradecimentos , mas sim poder ouvir a Palavra do Senhor Jesus…«Eia,  Serva boa e fiel, porque foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor.» (Mt.25,23-24). Acreditamos  que já ouviu a mensagem  e ,nós aguardamos o encontro com ela… até lá  lembramo-la com muito carinho.