É neste edifício, o Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos, na Guarda, que decorrem muitos dos momentos importantes da vida da Liga dos Servos de Jesus. Este não foi exceção.
Pelas 17:00 horas, começaram a chegar dos vários pontos da diocese e da cidade, gentes apaixonadas pela Obra que o Fundador fez nascer, há quase noventa anos, por inspiração de Deus, que colocou no seu caminho aquelas "almas de uma beleza extraordinária", durante as suas visitas pastorais, de aldeia em aldeia, e que ele quis ajudar a tornar ainda mais belas, congregando-as na vivência do ideal que lhe ardia lá dentro: almas reparadoras a trabalhar pela própria santificação e pela dos outros, de maneira a fazerem reinar Jesus no mundo, que estava a ficar cada vez mais paganizado.
Era o dia 21 de outubro, dia mundial das Missões!
Sabia-se que o número ia aumentando, pelo engrossar do coro de vozes que se fazia ouvir, ao longe, e do qual transparecia algum entusiasmo, na maneira de se saudarem, nos termos que se traduziam, daquela espécie de confusão, os quais, juntos como num puzzle deram como resultado: felicitações ao prelado da diocese, que celebra o aniversário da sua ordenação sacerdotal, saudações às novas Coordenadoras e seus Conselhos, apoio total e sem reservas aos mesmos. De quando em quando, uma pessoa por outra entrava na capela, outras limitavam-se a espreitar, fazendo uma breve visita ao Santíssimo, enquanto observavam o número reduzido que tinha optado por rezar, em vez de conviver.
Era domingo, dia do Senhor, e, como bons servos de Jesus, todos, àquela hora, tinham os seus deveres de cristãos já quase cumpridos.
Acabou, finalmente, por entrar toda aquela pequena multidão, para voltar a sair, de seguida, por mandado do Assistente Geral, já que a primeira parte da cerimónia ia ter lugar no salão grande, espaço requerido pelo número de Servos presentes.
Uma vez chegados e instalados, invocou-se o Espírito Santo.
Em seguida, leram-se e aprovaram-se as atas das duas Assembleias, tendo a dos Servos Externos ficado em espera, até se esclarecer melhor um dos pontos nela registados.
Assinou-se a ata dos Servos Internos e foram lidos os dois decretos de nomeação das novas Coordenadoras, homologados pelo bispo diocesano, como preveem as Constituições.
Imediatamente a seguir, deu-se a palavra às novas Coordenadoras.
Ambas afirmaram que estão para servir, que desempenharão as suas funções o melhor possível, para o que contam com a ajuda de Deus, do Senhor D. João e de todos os membros da Liga, quer internos, quer externos.
O discurso da Coordenadora Geral das Servas Internas consta, quase na íntegra, de um pequeno vídeo que se encontra neste blog.
Após a palavra das duas Coordenadoras nomeadas, foi a vez da Ir Adelaide, Coordenadora cessante, que, mais uma vez, agradeceu toda a colaboração, a todos, atribuiu o bem que fez não aos seus próprios méritos, mas à preciosa ajuda de Deus, do então Assistente Geral, Senhor D. António Moiteiro Ramos, ao Conselho Geral, de um modo particular à Vice Coordenadora, que a acompanhou, sempre que lhe foi possível, e a todos os membros da Liga, em geral. Reiterou, ainda, a sua disponibilidade para continuar a colaborar, no que estiver ao seu alcance.
Assim entusiasmados, subimos, quais aves de voo leve, para junto do Senhor e ali continuámos em espírito de louvor e ação de graças, concretizados numa quase solene celebração da palavra.
Na homilia, o Senhor D. Manuel recomendou o seguinte:
1.Deixemos brilhar em nós a verdade. O mundo gosta da mentira...
2.
3.Vamos recuperar, nas nossas Comunidades, a frescura, o entusiasmo e a alegria das primeiras comunidades fundadas.
Comentou, mais uma vez, alguns pontos importantes das Constituições, para que os relembremos e sobre eles reflitamos com mais frequência.
Lembrou que devemos valorizar, essencialmente, neste quadriénio, duas tradições da Liga:
-O Lausperene: tempos fortes de oração.
-A obra dos retiros.
São de revigorar estes dois bens legados pelo Fundador.
-Também devemos, com a diocese, viver intensamente este ano da Fé.
-Pedir, na oração, a Beatificação do Senhor D. João.
-Procurar conhecer mais e melhor as virtudes do Fundador.
Esperamos fazer um balanço positivo, no fim deste ano jubilar da passagem do Fundador para o Pai, cujo encerramento se realizará a 29 de agosto, de 2013.
Depois da homilia, a Coordenadora das Servas Internas e a dos Servos Externos fizeram a sua profissão solene de fé, à volta do altar, enquanto a assistência as acompanhava em silêncio.
Entoou-se, a seguir, o cântico do "magnificat", após o qual, o presidente da celebração, Senhor D. Manuel da Rocha Felício, informou que, depois de ter consultado o Senhor D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, solicitou ao Senhor D. António Moiteiro Ramos que continuasse Vice Postulador do Processo de Beatificação do Senhor D. João e que este aceitou, com muito entusiasmo e alegria.
A celebração terminou com a benção episcopal e com o cântico "É preciso que Ele Reine!"
Neste momento, já mal houve lugar a despedidas, pois cada grupo estava ansioso por recolher ao seu domicílio. Os mais persistentes, porém, ainda se abeiraram da mesa, para mais uns momentos de são convívio…
