segunda-feira, 30 de abril de 2012

"EMBAIXADORES" EM LUANDA...

Durmam, agora, um sono repousante,
Já que não consta que tenham perdido um só instante!

Acordem com o sentimento profundo,
De quem a Deus doou cada dia, hora, minuto e segundo!

Iniciem essa viagem de regresso na maior PAZ,
Pois servir a Deus, em Angola, ou Portugal, tanto faz!

Se puderem, durante o voo, batam à porta do céu
E saboreiem a glória que essa viagem a Deus deu!

Logo que sejam, ao país de onde partiram, chegados,
Constatarão que se aproximam acolhedores de vários lados!

Se mais não vão, é porque a disponibilidade falta:
Quem não gostaria de ser o primeiro a vê-los em maré alta?

Cá os esperamos para as notícias em detalhe:
Façam um esforçozinho, para que nenhum pormenor falhe!

FOTOGRAFIAS DA FESTA!...


BOM DIA, KILENDA!

Por essas paragens, já foi madrugada?
Deitaram-se tarde, não disseram nada...

Mas foi sempre festa, sem interrupção?
É o que imaginamos... e convívio são.

Se o nosso coração "partido" está,
Como será, então, sairem de lá?

Mas tem de ser mesmo, usem a cabeça;
De os ver e ouvir, todos temos pressa!

Ser-se missionário é muito importante!
Mas não o são cá, a cada instante?

Que tenham BOM DIA, para a despedida
E sintam a PAZ de missão cumprida!...

sábado, 28 de abril de 2012

FESTA A SÉRIO...


ATA DA BENÇÃO E INAUGURAÇÃO DA CASA
DA LIGA DOS SERVOS DE JESUS, NA KILENDA
Aos vinte e oito dias do mês de abril, de dois mil e doze, com a presença do Senhor Bispo da Guarda, Superior da Liga dos Servos de Jesus – D. Manuel da Rocha Felício e de D. Benedito Roberto, Bispo da diocese do Sumbe, na qual está inserido o Municipio da Kilenda, com a presença das autoridades civis, incluindo as autoridades tradicionais com vários Sobas, sacerdotes e religiosas, pertencentes a esta zona Pastoral, e muito povo do Municipio da Kilenda, realizou-se a grande festa da bênção e inauguração da Casa D. João de Oliveira Matos-pertencente à Liga dos Servos de Jesus, que tem a sua origem e Sede na Diocese da Guarda–PortugaL.
Às oito e trinta horas, celebrou-se a Eucaristia, na Igreja Paroquial da Kilenda, dedicada a Nossa senhora de Fátima. A Eucaristia foi muito vivida e participada, com expressão ecuménica, porque havia representantes de outras confissões cristãs que aqui realizam as suas atividades, muitas pessoas desta região e um coro juvenil que cantou e dançou com arte e alegria. Houve uma encenação maravilhosa na aclamação da Palavra de Deus e outra diante do Santíssimo Sacramento, antes de iniciarmos a procissão Eucarística para a Casa D. João de Oliveira Matos, no fim da Eucaristia.
Na homilia proferida, D. Manuel da Rocha Felício falou de D. João de Oliveira Matos, do seu projeto de vida como Bispo e da Obra que continua o seu SONHO. Foram destacados os pontos principais do Carisma do Senhor D. João, nomeadamente a Ligação à Eucaristia e o espírito de Reparação, a formação Cristã através dos retiros e da catequese paroquial renovada, e a preocupação de organizar bem a ação sóciocaritativa da Igreja. Sublinhou-se o lugar e a importância da Liga dos Servos de Jesus, na vivência deste Carisma, que continua com toda a atualidade, na vida da Igreja e no seu serviço à Sociedade.
Após a homilia, foram aceites como membros externos da Liga dos Servos de Jesus os seguintes quatro elementos:

Pe. Ferreira Bernardo
Ana Isabel Guimarães Muto
Odeth Maria da Silva Caetano
Cahombo Toneca Júlio

Após a leitura do compromisso perante o Bispo da Diocese da Guarda e Superior da Liga dos Servos de Jesus, o Bispo da Diocese do Sumbe e todo o povo presente leram, em voz alta, para todos ouvirem bem, a Consagração usada nestas ocasiões.
Fez-se o ofertório cheio de simbolismo e encanto, onde o grupo de ofertantes transportavam “os produtos da terra e do trabalho do homem…”
No final da Eucaristia, realizou-se a Procissão com o Santíssimo Sacramento, até à capela da residência das Irmãs, Servas de Jesus. Uma multidão colorida, cheia de juventude, muito participativa, respeitosamente organizada em duas filas, percorreu a pé o espaço entre a Igreja e a Casa das Irmãs. Nesta multidão caminharam também os dois Bispos, D. Manuel da Rocha Felício e D. Benedito Roberto, que transportou a Custódia com o Santíssimo, os sacerdotes presentes, muitos acólitos e, à frente, o coro , entoando cânticos de Louvor e Ação de Graças.
Chegados junto da capela da Casa das Irmãs, o Bispo da Guarda presidiu à bênção do Santíssimo Sacramento, na presença de D. Benedito Roberto, e, a seguir, procedeu à benção da residência das Irmãs e da casa das Meninas Internas.
A seguir, ao som de cânticos e danças locais, todo o povo se dirigiu para o Ondjangue, onde foi benzida a escola criada, um conjunto de seis salas e estruturas complementares. Cada sala está equipada com quarenta carteiras, respetivas cadeiras, quadro de parede, um armário e uma estante.
Todo este material foi cedido gratuitamente pela Administração local.
No final das cerimónias, o grupo coral cantou o Hino da Liga dos Servos de Jesus e foi muito emocionante ouvir, tão longe, e por gente tão jovem, as mesmas palavras que nos entusiasmam na nossa vida de Servas de Jesus, "...nossa alta nobreza é servir, não aos homens que querem mandar, mas a Deus criador redentor, pois servi-Lo a Ele é Reinar..."
Eram doze horas, quando se realizou a anunciada palestra com os Sacerdotes e Irmãs da Vigararia Episcopal Centro, proferida pelo Bispo da Guarda.
Às treze horas, foi servido almoço para todas as pessoas que participaram na festa. No final da refeição, usou da palavra, em primeiro lugar, o Bispo da Diocese do Sumbe, para expressar o seu contentamento pela escola que, a partir de agora, fica ao serviço da população local. Agradeceu à Liga dos Servos de Jesus, na pessoa das Irmãs que constituem a comunidade de apoio a este projeto. Em seguida, o Bispo da Guarda manifestou a sua alegria e da Diocese que representava, por se encontrar em vias de realização o sonho da comunhão entre as duas Igrejas para serviço de uma população jovem, como é a deste Município. Falou também a Administradora do mesmo Município, para agradecer a iniciativa da Liga dos Servos de Jesus que, com esta escola, coloca à disposição das populações oportunidade única de promoção. Garantiu todo o esforço da sua parte para que o Governo e a Administração local venham a criar todas as condições para o bom funcionamento da escola.
O almoço foi confecionado e servido pelos diversos grupos que trabalham na Paróquia. Para além da Administradora do Município, estavam presentes outras autoridades, incluindo alguns Sobas. Estes mesmos grupos assumiram a despesa, trabalho de confeção e serviço da alimentação dos Senhores Bispos e Equipa de pessoas mais próximas do acontecimento da inauguração, desde o almoço de quinta feira, dia 26 de abril, até ao jantar de domingo, dia 29 de abril.
Ficamos muito gratos a todo este povo e queremos deixar um agradecimento especial ao Pároco, Reverendo Pe. Ferreira Bernardo.
Esta Ata foi lavrada, para que fique para a História da Liga dos Servos de Jesus e da Casa D. João de Oliveira Matos, na Kilenda.
Vai ser assinada pelos dois Senhores Bispos, presentes na Inauguração, e pelas Irmãs, Servas de Jesus, residentes, atualmente, nesta Comunidade.

Comentário:
Tive muita vontade de cantar, "Eu vi a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus..."
Que a festa se prolongue em cada dia e que o tão citado SONHO se concretize!
PARABÉNS aos novos Servos de Jesus!







FESTA, TAMBÉM, NO OUTEIRO DE S. MIGUEL!


Na impossibilidade de aparecermos em Kilenda, de uma maneira misteriosa que fosse, juntámo-nos no Outeiro de S. Miguel. Existe sempre maneira de anular as distâncias, sejam elas quais forem: a ORAÇÃO.
Era um grupo considerável, proporcionalmente aos membros da Liga ainda a mourejar pelo planeta. Mas, em vez de 50% de população jovem em cem mil habitantes, como acontece na "missão" das nossas Irmãs, bem ao contrário, cerca de 80% de gente idosa, embora com espírito jovem.
Celebramos a eucaristia, com cânticos adaptados à circunstância. Essa de acompanhar os cânticos com expressão corporal, ainda nos veio à ideia. Porém, atendendo à idade dos participantes, decidimos não o fazer. Corríamos o risco de ficar ali 8 horas, em vez das 4 que durou a celebração eucarística descrita pelo Sr Pe Bastos, que faz parte da nossa comitiva em Kilenda, com grande entusiasmo!
Na homilia, refletimos sobre a Palavra de Deus e sobre os escritos do Sr D. João, que são sempre atuais, e neles se encontram ideias novas, por mais vezes que sejam lidos.


Ser apóstolo

«Grande, sublime acção a daquele que, à semelhança de S. João Baptista, prepara o caminho para Deus entrar nas almas!
É a acção do apóstolo da fé e da caridade! Na terra não a há maior nem mais consoladora, porque é ser-se instrumento de Deus na Obra das obras, a salvação das almas.
O apóstolo atinge, já na vida presente, uma grandeza e desfruta um gozo que excede em muito a grandeza e o gozo que o mundo promete aos seus adoradores!
Na outra vida, porém, essa grandeza e esse gozo vão muito além do que a nossa imaginação pode conceber de melhor!
E o apóstolo tem assegurada a sua salvação, se perseverar no seu apostolado; segundo a promessa do Senhor, será grande no céu!
Quem pode ser apóstolo? Todos os que tiverem fé e caridade!
O campo é tão vasto que todos lá têm que fazer.
E as almas de fé e caridade terão todas o dever de se entregar ao bem espiritual do seu próximo?
Por dever do seu cargo, os sacerdotes e os demais superiores estão a isso sempre gravemente obrigados, quando se trate da salvação dos seus inferiores.
Os restantes, porém, só algumas vezes; mas poderão as almas de fé viva e caridade ardente ficar insensíveis perante os progressos do mal que leva tantos à perdição, podendo desviar alguns desse mau caminho?
Será perfeição, entregarem-se a uma piedade cómoda e egoísta, não procurando aproveitar todos os ensejos para fazerem o bem tão necessário?
Esperarão esses avaros para com Deus ser por Ele tratados com a mesma generosidade com que o hão-de ser os apóstolos?
Se assim o julgarem, enganam-se!
É só aos que se sacrificam por causa do seu nome, que o Senhor promete cem por um e a vida eterna.
É só aos discípulos que abandonarem as comodidades e O seguirem, que Ele promete um lugar de destaque no Céu.
E há tanta gente, que se diz cristã e até frequenta as práticas de piedade, que podia, sem grande sacrifício, fazer muito bem às almas, e nada faz, passando uma vida quase inútil, quando não perigosa, pelo desprezo dos talentos que nosso Senhor lhe deu ou por não fazer bom uso dos bens de que a fez depositária!...
E é tão fácil ser apóstolo!... Apenas três condições se exigem: viver habitualmente na graça de Deus; fazer ao próximo todo o bem possível de harmonia com a situação em que cada um se encontra; fazer o bem só por amor de Deus!
Será isto muito difícil? Não será antes facílimo?
A que obras deve dedicar-se quem desejar ser apóstolo?
A quaisquer, desde que sirvam para dar glória a Deus e fazer bem ao próximo, mas devem preferir-se estas, que são as mais necessárias e salutares: os seminários, a Boa Imprensa, o ensino oral da doutrina cristã aos grandes e aos pequenos, as escolas onde se formem educadores e artistas sinceramente cristãos, o culto nas igrejas, a protecção aos pobres.
Ah! Se todos os que podem, quisessem trabalhar a valer neste grande campo do bem!...
Peçam-no com instância e fervor ao Senhor os que já nele trabalham, que as boas vontades hão-de surgir numerosas!
Mas, cautela! Não se meta o demónio do orgulho e da vaidade nas obras de Deus, que as mataria, e aniquilaria o apóstolo!
Que cada um dos que nelas trabalham, se convença que é um instrumento desajeitado nas mãos de Deus, servo inútil, voz do que clama no deserto, como de si dizia João Baptista».

D. João de Oliveira Matos



VÉSPERA DA GRANDE FESTA!

CHEGADA DA DELEGAÇÃO À KILENDA

ÀS 9,30h da manhã , do dia 26/04/ 2012, entrava na Kilenda, município com cerca de 100 mil habitantes, a delegação esperada e constituída pelo Bispo da diocese do Sumbe, D. Benedito Roberto , pelo Bispo da diocese da Guarda – Portugal, D. Manuel da Rocha Felicio e pelo Rev.do Padre Joaquim Álvaro de Bastos, que também acompanhava.
O acolhimento foi uma festa, com danças e cantares, à entrada deste aglomerado populacional, com ruas largas, algumas casas restauradas, outras feitas de novo, e muitos sinais ainda da guerra civil, terminada há 10 anos, que aqui esteve particularmente acesa.
Com o automóvel da comitiva em marcha lenta e os populares em duas filas, com danças e cantares a fazerem festa, chegámos à Igreja Paroquial, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, sede da Missão, onde nos aguardava o Pároco, Rev.do Pe. Ferreira Bernardo, do clero Diocesano local. Entrámos na Igreja, um templo muito espaçoso e com evidentes sinais de destruição imposta pela guerra. Há poucos anos, foi restaurado o seu telhado, embora se note que a obra não ficou acabada. O Bispo da Diocese local presidiu a um primeiro momento de oração e apresentou o Bispo da Diocese da Guarda, dizendo das razões que o traziam a esta Missão, a saber: participar na inauguração da casa residência das Irmãs da Liga dos Servos de Jesus e da escola que lhe fica anexa, cuja construção foi recentemente concluída.
Falou o Pároco, para saudar os visitantes, e D. Manuel Felício agradeceu o acolhimento que sentiu, desde o primeiro contacto com esta terra.
A etapa seguinte foi a visita feita à Administradora deste Município, no edifício da administração local. Foi um encontro que decorreu com muita cordialidade. A Senhora Administradora manifestou a sua satisfação pela presença da Comunidade das Irmãs da Liga dos Servos de Jesus e a sua grande esperança na nova escola, promovida pela mesma Liga dos Servos de Jesus que, em breve, vai servir cerca de 500 alunos. Deu algumas informações sobre a realidade física e sociológica deste Município, falando sobre as suas potencialidades, mas também sobre o muito que há para fazer a fim de dar às pessoas as condições de vida a que elas têm direito. Falou depois o Bispo da diocese local para agradecer este encontro e, D. Manuel Felício, em curta intervenção, destacou o potencial de esperança que é a população jovem deste Município que, segundo informações colhidas, chega a 50% da população geral.
A seguir, observou-se o momento de maior espetativa nesta deslocação que foi o conhecimento da Casa e da escola das Irmãs. Fomos recebidos em clima de grande satisfação pelas Irmãs, que nos mostraram a sua casa e as seis salas da Escola, para além do Ondjango (espaço tradicional que habitualmente não falta nos aglomerados populacionais das culturas angolanas), uma casa pensada para residência de meninas, em regime de internato, e outros espaços complementares.
Depois do almoço, que nos foi servido na casa das Irmãs, com a participação da Senhora Administradora e seu marido, houve tempo de descanso e disponível para trabalhos vários, ao longo da tarde. A casa das Irmãs acolheu os dois Bispos e os outros elementos da Comitiva.

MANHÃ DE FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS E REPRESENTANTES DE MOVIMENTOS AOSTÓLICOS NA MISSÃO DA KILENDA

O dia 27 de Abril de 2012 começou cedo, porque às 6,00h da manhã, toda a Comitiva e a Comunidade das Irmãs da Liga dos Servos de Jesus, já radicada na Kilenda, participaram na Eucaristia que, diariamente, se celebra a esta hora, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima. Presidiu o Bispo da Diocese local, D. Benedito Roberto, e a participação foi em grande número e muito viva, com cânticos e expressões corporais, muitos deles na língua nativa.
Às 9,30h, iniciava-se uma sessão de formação participada por mais de 100 catequistas, incluindo alguns representantes de movimentos apostólicos existentes nesta Missão. A propósito, é de lembrar que a Missão abarca a extensão de todo o Município, por isso, com um número de habitantes que ronda os 100 mil, distribuídos por quatro zonas pastorais, cada zona com vários centros, onde se ligam várias aldeias. O número de aldeias anda pelos 60/70. A Eucaristia do domingo é o grande acontecimento das Comunidades e ela celebra-se na Sede da Missão e em cada uma das zonas, só de vez em quando, em alguns Centros. Convidam-se as aldeias a deslocarem-se aos Centros ou zonas mais próximos para participarem na Eucaristia. Em cada Comunidade local há um Catequista que, de facto, é o seu Presidente. Há também Catequistas visitadores e outros que exercem este serviço só na Sede da Missão.
A sessão de formação iniciada às 9,30h da manhã prolongou-se até às 12,30h, com intervenções dos dois Bispos e alguma partilha de experiências locais. A reunião iniciou-se com o tema: “ O catequista e a transmissão da Fé” exposto pelo Bispo da Diocese da Guarda. (O texto segue em anexo)
Depois, em momentos sucessivos o Bispo da Diocese local introduziu várias explicações. Alguns dos participantes intervieram com partilha de experiências e o pedido de alguns esclarecimentos.
Seguiu-se o almoço partilhado, com produtos trazidos pelos participantes, nas instalações da Casa das Irmãs.

O catequista e a transmissão da Fé

1. O que é a transmissão da Fé
Estamos a viver hoje, na Igreja, momento particularmente difícil no exercício da nossa responsabilidade de transmitir a Fé, sobretudo às gerações mais jovens que hão-de continuar os actuais adultos. A própria cultura em geral conhece hoje rupturas de transmissão que não eram conhecidas há décadas atrás. Se antes a transmissão dos valores que identificam uma determinada cultura se dava espontânea-mente, sobretudo através das famílias, bem estruturadas, coesas e conscientes das suas responsabilidades, hoje há outros fatores que estão a intervir nesta transmissão, sobretudo os meios de comunicação social e as escolas, além de outras instituições marcadas por interesses quer políticos, quer económicos, religiosos ou mesmo outros.
2. Transmitir a Fé é promover o encontro com Cristo
Para nós, transmitir a Fé não consiste apenas nem principalmente, em passar a outras pessoas, a começar pelas gerações mais jovens, um conjunto de conhecimentos e de regras de vida, por mais importantes que sejam para as pessoas e para as comunidades. Transmitir a Fé é mais do que isso, porque, como lembra o actual Papa Bento XVI, é levar ao “encontro com uma Pessoa que dá à vida novo horizonte e um rumo decisivo”. Essa Pessoa é Jesus Cristo, ressuscitado e vivo, fonte de vida nova no meio de nós.
3. Encontro com a Pessoa de Cristo através do encontro com a Sua Palavra
O encontro entre pessoas nunca se pode programar nem nunca pode ser provocado de fora para dentro ou seja imposto por outros ou mesmo só pelas circunstâncias. Esse encontro tem de acontecer sempre no despertar livre de uma pessoa para a descoberta de outra pessoa e depois aprofundar-se no diálogo que leva ao conhecimento mútuo e ao compromisso mais ou menos intenso entre ambas.
Um dos fatores que geralmente levam à descoberta de outra pessoa é conhecer e dar a conhecer a sua mensagem, conhecer a sua ação e os objetivos pelos quais ela entrega a sua vida. Ora, nós hoje temos a possibilidade de conhecer a mensagem de Jesus e também a sua ação na história através da Palavra de Deus que nos é transmitida na Bíblia. Por isso, o conhecimento da Palavra de Deus e com ela a descoberta do estilo de vida próprio de Jesus é fator decisivo para o encontro com a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por sua vez, a catequese é o serviço de toda a Comunidade Cristã, através do Catequista, que pretende proporcionar o encontro com a Palavra de Deus e, por ela, o encontro com Cristo Vivo.
Ora, a Palavra de Deus, sendo a mensagem do próprio Jesus Cristo, a que também chamamos o seu Evangelho, comunica conhecimentos sobre Deus, sobre o mundo e sobre a pessoa humana; mas, antes de tudo isso, é uma luz que alumia os caminhos da pessoas no mundo, mostrando-lhes a direção que elas hão de saber tomar nas suas decisões e nos seus atos.
E o catequista é esse mestre que, em nome de Jesus e da comunidade, ajuda as pessoas e os grupos de pessoas a lerem a sua vida e a vida do mundo à luz da Palavra de Deus. Quando isso acontece, cresce a consciência do valor e da dignidade de cada pessoa e cresce também a capacidade de orientar bem a vida pessoal e da própria sociedade. Esse é o efeito da mensagem evangélica no comportamento moral das pessoas. Mas o mais importante do acolhimento à Palavra de Deus não são os novos conhecimentos nem as regras de moralidade. O mais importante de toda a catequese é promover o encontro com Cristo Vivo e presente sempre no meio de nós, ainda que não o vejamos, como vemos as coisas passageiras do nosso mundo.
4. Toda a Catequese se faz a partir da Palavra de Deus
Desde o Concílio Vaticano II que é bem clara a consciência de que a transmissão da Fé deve ser entendida como promoção do encontro vivo com Cristo Vivo; e que esta transmissão se dá através da Sagrada Escritura e da Tradição Viva da Igreja, sob orientação do Espírito Santo.
O ponto de partida de toda a catequese é, por isso, sempre a Palavra de Deus, que, de facto, revela as intenções do mesmo Deus para com o Homem, em seu desígnio de Salvação. Ao catequista pertence dar a conhecer a Palavra de Deus, mas sobretudo entusiasmar as pessoas pela sua descoberta e acompanhá-las no acolhimento à luz que dela vem para a sua vida pessoal e para a vida do mundo.
5. O Encontro com a Palavra de Deus há de promover a fidelidade a Deus e a fidelidade ao homem
Esta é uma expressão do Papa João Paulo II, que devemos entender assim: o catequista deve ajudar as pessoas a com-preenderem o pensamento de Deus presente na Bíblia, mas deve igualmente ajudá-las a descobrir como o pensamento de Deus e a sua mensagem, revelada na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, abre novos horizontes de compreensão para a vida real das pessoas e do mundo nas circunstâncias atuais. Foi também isso mesmo que o Papa João Paulo II, agora beatificado, nos quis dizer com a afirmação de que temos de evangelizar as pessoas de hoje com novas linguagens e novos métodos. E foi também essa a forma de Jesus Se dirigir aos seus contemporâneos. Assim, quando falava aos pescadores, usava a linguagem do mar e da água, de barcos, de redes e de peixes; mas quando falava a agricultores, falava-lhes de campos, de sementeiras e de colheitas, de rebanhos e de pastores. O processo do catecumenado, que vós conheceis, está organizado principalmente para aproximar a Palavra de Deus da vida das pessoas e do processo, sempre lento, de lhes fazer compreender a mensagem evangélica e de as ajudar a pô-la em prática. E a catequese, depois do catecumenado, pretende completar este mesmo processo, sempre na mira de dar a conhecer Jesus e as implicações da relação com Ele na nossa vida prática.
6. Os frutos da ação catequética
O primeiro grande fruto da ação da catequese é, como já dissemos, levar cada um de nós ao encontro com a Pessoa de Cristo Vivo. Por sua vez, este encontro com a Pessoa de Cristo gera, por si mesmo, dinamismos de vida nova como seus efeitos.
O primeiro desses efeitos é a construção da Igreja entendida como comunidade dos discípulos de Cristo, testemunhas do seu Evangelho.
Outro efeito é a modificação da vida pessoal de cada um de nós para se ajustar cada vez mais à vontade de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Outro ainda é fazer das nossas famílias verdadeiras Igrejas domésticas, escolas de comunhão e cooperação entre todos os seus membros, sempre no respeito pela vida e pelas capacidades próprias de cada um.
Finalmente, a vida em Cristo própria dos batizados terá efeitos na organização da vida em sociedade. E nós queremos uma sociedade organizada de tal modo que dê oportunidade a cada pessoa de crescer em todas as suas dimensões e ter participação cada vez mais activa nas grandes escolhas que a comunidade deve fazer para bem de todos . É o que chamamos bem comum.
27. 04. 2012
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda
(tomei a liberdade de utilizar o NAO)









sexta-feira, 27 de abril de 2012

EM COMUNHÃO! DISTÂNCIA ANULADA!...

Ai, que cheirinho a bolo...
E as sobremesas, que gesta!
Nota-se bem que é festa
E os pés já sentem o solo.

Cansar-se assim, vale a pena!
Não sendo o mais importante,
É da festa o garante,
Mesmo que seja pequena.

Fica do gosto a memória
Em vizinhos, convidados,
Até os pouco afortunados
Irão contar esta história!

Todos vão aparecer...
Queria o Senhor D. João
Que se partilhasse o pão,
Como primeiro dever.

Só depois se ensinava
A praticar atos pios,
Pois de estômagos vazios
O que é que se esperava?

E tudo é apostolado,
Melhor do que eu o sabem;
Deixarão da Liga a imagem
Bem impressa desse lado.

Auguramos bom sucesso
Para o empreendimento;
Que o que lhes brota de dentro
Seja de Deus o reflexo.

Rezamos quase sem cessar:
Mas seria com fervor,
Ou cada dia melhor?
Só Deus nos pode julgar!



quinta-feira, 26 de abril de 2012

HOMILIA DE D. MANUEL FELÍCIO, NA CATEDRAL DO SUMBE!

III Domingo da Páscoa. 22. 04. 2012
Homilia na Catedral de Nossa Senhora da Conceição de Sumbe
Sr. D. Benedito, Excelência Reverendíssima,
Reverendos Padres concelebrantes, Ministros de altar
Serviços, movimentos e obras da Diocese presentes,
Irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo:

A minha primeira palavra é para vos dizer obrigado pela bela manifestação de alegria e de festa que está a ser esta Eucaristia de Domingo, na catedral dedicada a Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Sumbe. Saúdo, de forma particular, o Sr. D. Benedito Roberto, Bispo desta Diocese, que hoje me concede a honra de pregar a partir da sua própria cátedra. E a alegria deste momento é tanto maior quanto ele representa importante passo em frente na caminhada de cooperação entre as nossas duas Dioceses, iniciada há 4 anos. Desta vez será momento alto dessa caminhada a inauguração da casa e da escola da comunidade das irmãs da Liga dos Servos de Jesus, já radicada na Missão da Kilenda, prevista para o próximo sábado, dia 28 do corrente mês de abril.
Irmãs e irmãos, e agora convido-vos a colocarmo-nos todos no meio da multidão que escutava o discurso de Pedro, segundo a primeira leitura tirada dos Atos dos Apóstolos. Também a nós hoje ele nos lembra que Deus ressuscitou Jesus, aquele que a maldade dos homens condenou à morte, apesar de Pilatos ter publicamente reconhecido a sua inocência. E também a nós Pedro nos dirige o apelo ao arrependimento e à conversão para sermos verdadeiramente, na continuação do ministério dos Apóstolos, testemunhas do Ressuscitado. Sentimos as muitas resistências que existem em nós e no nosso mundo ao anúncio de Cristo Ressuscitado e a vivermos, por inteiro, a novidade da sua Ressurreição. A isso chama-se pecado. Mas também sabemos que, apesar das nossas limitações e fraquezas, temos junto do Pai um verdadeiro advogado, Jesus Cristo, como diz o Apóstolo S. João, na sua primeira carta. Ele veio ao mundo para apagar os pecados da humanidade e, com a sua morte na cruz, cumpriu, por inteiro, esta missão. Por isso, o mesmo S. João lhe aplica a linguagem da tradição judaica, dizendo que ele é a verdadeira vítima de expiação pelos nossos pecados. Também nós nos sentimos companheiros dos discípulos de Emaús, a que o Evangelho de hoje se refere. Partilhamos as suas dúvidas e incertezas, carregamos com a sua desilusão, porque Jesus foi condenado à morte. É certo que algumas mulheres foram ao sepulcro e não encontraram lá o corpo, mas a ele não o viram. Também nós queremos, como os discípulos de Emaús, deixar abrir o nosso coração e a nossa inteligência à novidade de Cristo Ressuscitado. Como aconteceu aos apóstolos, queremos deixar que a surpresa do encontro com Ele transforme toda a nossa vida e faça de nós verdadeiros missionários. E como aconteceu àqueles dois caminhantes para Emaús, também para nós a celebração da Eucaristia, em cada Domingo, é o lugar decisivo para abrirmos o coração a Jesus vivo e decidirmos cumprir o seu mandato missionário. Como os Apóstolos, escutamos, de novo, o mandato missionário de Jesus para sermos testemunhas da sua Ressurreição, num tempo novo. Por isso se justifica o apelo que a Igreja nos faz para a aventura da nova evangelização. E, como as palavras o dizem, falar de nova evangelização supõe que houve uma primeira evangelização, que nos trouxe a notícia de Jesus Cristo e do seu Evangelho. É por isso que, no pouco tempo de presença neste esperançoso território angolano, eu já encontrei muitos sinais do anúncio de Jesus Cristo que aqui se faz há 5 séculos.
A expressão “Nova Evangelização” deve-se em grande medida ao Papa e agora Beato João Paulo II, que a usou, pela primeira vez, ao visitar territórios da América Latina para comemorar os 5 séculos da sua primeira evangelização. Ele próprio disse o que se deve entender por nova evangelização. Esta não desfaz a importância decisiva da primeira evangelização, nem muito menos pretende anunciar um evangelho diferente do primeiro evangelho saído da boca de Jesus e anunciado ao Mundo pelos apóstolos. Pretende sim anunciar este único e mesmo evangelho, mas agora com novo ardor, com nova linguagem e com novos métodos.
A Igreja Universal prepara agora um novo Sínodo precisamente sobre este assunto da “Nova Evangelização para a transmissão da Fé”. Ora, acontece que a transmissão da Fé não pode ser entendida como simples passagem de uma doutrina ou mesmo de uma moral às pessoas em geral e sobretudo às gerações mais novas. Por ele deve entender-se, sim, como diz o actual Papa Bento XVI, “o encontro com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e um rumo decisivo”. É promover este encontro com Cristo Vivo que devem pretender tanto a Igreja em geral como cada uma das nossas comunidades. Se não tivermos sempre bem definida esta meta em tudo o que fazemos nas nossas comunidades da Fé, andaremos por caminhos errados e a perder tempo.
Permiti-me agora que, a terminar, eu possa convosco dar graças a Deus por alguns indicadores d vitalidade da Fé das comunidades cristãs em Angola e particularmente nesta para mim já querida Diocese de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Sumbe.
O primeiro é a centralidade da Eucaristia, que as comunidades vivem com entusiasmo, ao domingo, em cada um dos seus centros pastorais. A chegada do Sacerdote é uma autêntica festa vivida como sendo a chegada do Senhor Jesus.
O segundo é a centralidade da figura do catequista, tanto na paróquia ou na missão, como na zona pastoral e também na comunidade local. Uma referência especial merece o catequista visitador. De facto, a prioridade da catequese e dos catequistas é lição que as velhas cristandades europeias têm de saber aprender convosco, porque esses são, de verdade, os autênticos caminhos da nova evangelização, isto é promover o amor à Palavra de Deus, o seu acolhimento e partilha e, a partir daí, dar sentido novo à organização da vida pessoal, comunitária e da sociedade em geral.
O terceiro é o crescente entusiasmo, que aqui se encontra, pelas vocações sacerdotais e outras de especial consagração. Dou abundantes graças ao Senhor pelos 8 sacerdotes ordenados nesta Diocese, no ano passado e peço-lhe para que as comunidades cristãs da velha Europa possam retomar o entusiasmo por este valor fundamental na vida da Igreja.
Termino mesmo, lembrando que a nova evangelização nos pede, antes de mais, que sejamos santos. E ser santos é cumprirmos a nossa identidade baptismal de configurados com Cristo na morte e na Ressurreição, procurando responder ao apelo do Evangelho para sermos perfeitos como é perfeito o nosso Pai do Céu.
Por isso, o Papa Paulo VI dizia, numa sua carta que fez e continua a fazer história: “ o homem contemporâneo escuta com mais atenção as testemunhas do que os mestres e se ele escuta os mestres é porque são testemunhas” (E.N., 11).

+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda



PREPARATIVOS NÃO DÃO TRÉGUAS!...

Vento, que sopras do sul,
Diz: passaste por Kilenda?
O céu tem a cor azul?
O sol enche a nossa “tenda?"

Já se via o ar festivo,
Por aquela região?
Desconheces o motivo,
Mas vou informar-te, então.

Vai ser a inauguração
De uma obra sem par
E “Casa de D. João”
É o nome que lhe vão dar.

Não a viste ao passar?
É algo de imponente!
Destina-se a alargar
O Reino a muita gente.

Paira, no ar, a alegria,
Que ninguém pode esconder,
Ficar indiferente ou fria:
É empenhar-se a valer!

A Liga organizou
Um grupo embaixador;
Partiu, lá se integrou,
Nem notícias dá, Senhor!

São ares apelativos…
Dão, para ficar, razões!
Olhem os lugares antigos
À espera das decisões!...

Mas, fazer festa é bom
Para dar a Deus louvor;
Cada qual use o seu dom:
Ninguém lhes pede melhor!

Só lá fica a Ir Zézinha:
Por esse ideal optou,
Pois dar vida bem convinha,
Ao que o Fundador legou.





quarta-feira, 25 de abril de 2012

SAUDADES...

Já vão na página dois:
É missão meia cumprida!
Estão cansados, e, depois,
Não há notícias... que vida!

Mas, olhem lá: já se nota
Que a "embaixada" anda aí?
Não queremos nenhuma derrota,
Estamos a ajudar daqui...

E a única recompensa,
Que ansiamos vislumbrar,
É que essa tarefa intensa
Frutos de AMOR venha dar.

Desse AMOR que incendeia
E dilata o coração,
Transformando-o em casa cheia
A oferecer a cada irmão.

Mesmo que  invisível seja
O trabalho empreendido,
Vai tornar mais rica a Igreja
E o Reino mais difundido!

Queria o Senhor D. João
Que os Servos humildes fossem
Seja qual for a missão,
Zêlo e fervor nunca afrouxem!

Se no nosso esforço humano,
Não contássemos com Deus,
Que terrível desengano,
Para estes servos seus!

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

TÍTULO? ÓBVIO: VAZIO DE NOTÍCIAS!...

É um papel o programa, 
Não faz a vez de ninguém...
Saudade em todos derrama,
Ler o constante "vai-vem".

Imaginamos os passos,
Vemos olhos flamejantes,
Mas, coração em pedaços,
Sentimos que estão distantes!

Todas nós compreendemos
Quem precisa de atenção:
São as que, há muito, não vemos
E temos no coração!

Se, acaso, houver sobejos,
Não são de desperdiçar...
Nós prescindimos dos beijos,
Mas, não nos vão olvidar?! 

Mandaram algum recado?
E quem foi o mensageiro?
Ter-se-ia descuidado,
Ou guardou-o por inteiro?

domingo, 22 de abril de 2012

SEM NOTÍCIAS.....

Ninguém nos mandou notícias,
"Cada um o que merece!"
Para não as dar fictícias,
Deixo, apenas, uma prece:

Senhor dos campos desertos
E das grandes multidões!
Que muitos fiquem despertos
E guardem recordações,
Dos que foram de tão longe,
Imprimir força à Palavra,
Que é um eterno "hoje".
Tantos já a proclamaram,
Mas nunca o suficiente;
Famintos se saciaram,
Mas há quem seja carente!
Compensai com a certeza,
De que foram para Vós,
Os que ouviram com firmeza
Dos enviados a voz.

Queremos colaborar
Cada uma, qual obreira,
A sofrer, ou a rezar
Muito à nossa maneira.

Ou à maneira de Deus,
O que nos causa surpresa!
Assim trata os amigos seus,
Já dizia Sta Teresa!

sábado, 21 de abril de 2012

PROGRAMA DETALHADO DA VISITA A ANGOLA!





NÓS, POR CÁ...

Juntamente com os quatro que escolhemos para representarem a Liga, perante as autoridades Civis e Eclesiásticas, de Angola, reunimos em oração e reflexão outros setenta e dois discípulos.

Sentimo-nos unidos, em comunhão de fé e pareceu-nos que foi um dia rico, no sentido espiritual.

As mensagens que iam chegando eram achas a lançar na "fogueira" do entusiasmo. Quase nos íamos esquecendo das gerais limitações de todos os membros da Liga.

Oportunamente, serão publicados mais pormenores do encontro.


21 de Abril 2012
21 de Abril de 2012, foi dia de reflexão/ oração na Casa Berço da Liga – Rochoso.
À hora marcada, deu-se início ao encontro. As pessoas das diferentes casas foram chegando. Esgotaram-se as cadeiras.
O Primeiro tema versou sobre S. Marcos Evangelista, em estudo na nossa diocese, e que nos acompanha neste ano litúrgico B.
Deste modo, ficamos a saber que, sendo de origem pagã e tendo nascido em Jerusalém, não só acompanhou Pedro, depois de se separar de Paulo, como ainda foi seu intérprete tendo posto por escrito e sem preocupação de os ordenar tanto os ditos, ações, sentenças e milagres como também todo o ensino que foi aprendendo da pregação de Pedro.
Marcos possui um estilo vivo, popular, próprio da língua falada, incorreções gramaticais que, mesmo assim, despertam interesse. Usa frequentemente o estilo direto. Toda a sua obra deixa observar cenas e mais cenas que se vão ligando umas às outras quase sempre pelas partículas (E) ou (em seguida), ou então ações ligadas por um verbo de movimento. Marcos tem sempre o sentido do concreto. Observa as coisas, os animais, o ambiente, o pormenor, etc. Marcos é como que um repórter com a sua máquina fotográfica, tirando partido das pequeninas coisas.
Marcos não teve problemas nem geográficos nem cronológicos;
A prioridade foi CRISTO o REINO e a FÉ; sem introdução ao seu evangelho e a Infância de Jesus ficou fora dos seus objetivos.
Em Marcos, Jesus fala muito do Reino. O REINO de Deus consiste em acreditar com FÉ em Jesus. Negar Jesus é estar fora do Reino. A S. Marcos pouco interessam os problemas de política, privilégios, Lei, Circuncisão, Sábado, Jejum.
Apresenta três grandes Teses ou sumários: O Tempo Chegou ao fim; O Reino está próximo e Convertei-vos e acreditai.
Marcos dá grande prioridade ao segredo Messiânico e só revela Jesus como verdadeiro Messias e verdadeiro Filho do Homem, quando Ele, deliberadamente, caminha já para Jerusalém onde, na dor, no sofrimento e na morte, será reconhecido como tal. Até lá, Jesus, no evangelho de S. Marcos, não deixa que ninguém o possa reconhecer de outra maneira como Filho de Deus como Messias ou um outro título feito. É no “tomar a Cruz” e no “seguir Jesus com a cruz de cada dia” que realmente somos, como Ele, Filhos de Deus.
Os milagres, no Evangelho de S. Marcos, estão sempre ao serviço da mensagem de Cristo; têm sempre a ver com o ensino; são ensinamentos de Jesus; são sinais eficazes e pedagógicos da presença do Reino de Deus entre os homens;
Esta doutrina de S. Marcos foi conjugada e transparece no modo de D. João atuar, viver e ensinar as suas comunidades dos servos de Jesus.
Pouco a pouco e com um “PowerPoint” fomos, detalhadamente, vendo estampados na vida de D. João os ensinamentos do Evangelho de S. Marcos. Toda a gente gostou. É sempre bom reflectir sobre aquilo que já sabemos, mas que alguém, em quem podemos confiar, porque prega doutrina segura, e se preocupa com o aperfeiçoamento espiritual dos membros da Liga, aprofunda connosco.
Seguiu-se a Adoração (uma hora) e reconfortante almoço com direito a café oferecido pela casa do Rochoso.
Da parte da tarde, o Tema foi traduzido por uma longa oração que tinha por pano de fundo a TRANSFIGURAÇÃO de JESUS, ao longo da sua vida, morte, ressurreição e ascensão aos céus, mantendo-se a mesma, ainda hoje, necessária, quanto real na vida de cada um de nós e da Igreja.
Houve ainda tempo para se (re)ver o “PowerPoint” sobre a comunidade de Kilenda.
O tempo urgia. O momento mais solene do encontro estava ainda por realizar: a Eucaristia com Vésperas I do III Domingo da Ressurreição. Na homilia, de frases soltas, mas de amplo conteúdo, foi-nos lembrado que, “quem ama a Deus e despreza o seu irmão é mentiroso”; “quem se diz membro da Liga dos Servos de Jesus e não vive o espírito que o Sr. D. João quis imprimir à mesma Liga é….”
Terminada esta, partimos e regressámos cada qual às suas atividades.
Uma palavra de gratidão à comunidade que nos acolheu e a todos (as) os (as) que, quer direta, quer indiretamente, participaram, colaboraram e realizaram este encontro reflexão.
Finalmente mais uma certeza: Quem não pode estar fisicamente presente não deixou de estar connosco e nas nossas orações.
O apresentador dos temas: Pe Alfredo Neves
Pequenas observações pessoais

NOTÍCIAS DE ANGOLA!...

Sumárias, mas preciosas...

20/04/2012

Chegamos a Luanda às 07:00h. A viagem foi boa. Em Luanda, o céu está nublado, mas o calor faz-nos transpirar por todos os poros".

21/04/2012

"Continua tudo a correr bem. Depois da visita ao Senhor Núncio Apostólico, que nos recebeu de uma forma muito nobre, e de uma rápida visita à cidade de Luanda, terminamos o dia num ótimo jantar comunitário, na Casa dos Padres Espiritanos. Hoje, já deixamos Luanda e vamos a caminho do Santuário de Nossa Senhora de Muxima".

sexta-feira, 20 de abril de 2012

FORÇA, EMBAIXADORES DA LIGA!...

Já chegaram? E concordes,
Com os céus desse país!
Ouvem-se, ao longe, já se diz,
Dos que desfilam, acordes!

Tudo tão bem preparado...
Vai ser louvor, certamente!
Trata-se de nobre gente,
Que Deus quer sempre a seu lado!

Aproveitem, mesmo assim...
Saber lugar não ocupa!
Continuem a labuta,
Cuidem bem deste "jardim!"

Quem nos dera novas "flores" ,
Para a Deus servir dísponíveis!
Faremos os impossíveis,
Sendo pelo BEM lutadores!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A EMBAIXADA DA LIGA EM ANGOLA!

Já tomaram os lugares?
Preparem a descolagem...
Dentro em pouco, estão nos ares
A começar a viagem.

E lá, da noite, nas trevas
Bem pertinho das estrelas,
Vão constatar, sem reservas,
Como são todas tão belas!

Por detrás de cada uma,
Passo alguma vaidade,
Estar, sem dúvida alguma,
Um membro da Liga há de.

Dos que se foram de nós,
Não dos que, por cá, mourejam...
Mas são de todos a voz
E vão guiá-los, pois vejam:

O sol não está visível...
É o Senhor D. João!
Tinha o hábito incrível
De agir na solidão!

Era ele e o seu Deus
A conhecer todo o bem
Que fazia, tanto aos seus
Como sem olhar a quem!

Mas na lua, reduzida,
Pois já vai para o outro lado,
Espelha-se a sua vida,
E olha-os, com cuidado!

Em sintonia perfeita,
Tudo vai dar glória a Deus;
E, quanto a nós respeita,
Contem, somos servos seus.

O que nos causa alegria
É a Liga fazer-se ao largo,
Para o Reino de Deus e Maria
Se expandir, mas sem letargo!

Bom sucesso, embaixadores,
Do Espírito, missionários!
Cantem de Deus os louvores,
Ainda que em tons vários!

Nós acompanhá-los-emos,
Cá de longe, mas muito perto;
Onde quer que laboremos,
Será em missão, por certo!


sexta-feira, 13 de abril de 2012

IR BALBINA VILA!

Simples, mas santa! Partiu da Casa da Ruvina.
Na sua simplicidade, devia ter uma alma muito grande, para partir no maior dia litúrgico que existe no calendário: o dia da Ressurreição do Senhor Jesus, que ocupa uma semana inteira!
Irmã da Ir Virgínia, já falecida, que também se deu a Deus na Liga dos Servos de Jesus, trabalhando, sobretudo na Casa da Ruvina, do Sr Vila, que trabalhou no Outeiro de S. Miguel, como servo e que foi contemporâneo do Sr D. João e seu colaborador muito próximo.
Tinha mais um irmão, que também passou pelo Outeiro de S. Miguel, onde aprendeu uma profissão e se sentiu vocacionado para o matrimónio, e outra irmã, que foi serva à sua maneira, desempenhando, durante longo tempo, tarefas domésticas, na Casa da Cerdeira.
Uma família que se distinguiu pela maneira de servir a Deus, nos mais diversos campos de ação.
Que o Senhor, que a chamou para mais perto de Si, nestes dias tão ricos de significado e conteúdo, esqueça o que esta sua serva possa ter feito de menos bom e lhe dê a merecida recompensa, que é permitir a sua entrada imediata no Reino, pela expansão do Qual gastou toda a sua vida com tanto espírito de serviço e de sacrifício.
Era capaz de enganar qualquer um que se cruzasse com ela, mas Deus lê o íntimo dos corações e sabe muito bem que a Ir. Balbina era, na verdade, uma das suas melhores amigas.
O pedido de sempre, Ir Balbina: não se esqueça de nós!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

RESSUSCITOU!...

sábado, 7 de abril de 2012

NASCEU O SOL DA PÁSCOA GLORIOSA!...

Lua da Páscoa, redonda,
Como a coroa de Jesus,
Donde te vem tanta luz?
Do Sol, que sobre ti tomba.

É de espinhos, a coroa,
Duros, de ponta afiada…
Não se retraem em nada,
Fazem sofrer gente boa.

A Coroa é vida, também,
Cheia de baixos e altos,
Dissabores, sobressaltos,
E o mais que ela contém.

Quando a Páscoa apontava,
Da jornada, no início,
Quanto defeito e vício
A “coroa” apresentava!

Mas o esforço, a vontade
De tudo aperfeiçoar,
Neste tempo salutar,
Faz mudanças, de verdade!

Neste favorável tempo,
Cortou-se tanto defeito,
Que tomou da lua o jeito
A nossa “coroa”, que alento!

A vivência tão intensa,
Do tempo que nos foi dado,
Fez-nos temer o pecado,
A nossa alegria é imensa!

Eis-nos chegados, agora,
Ao mais importante evento!
Este é, de facto, o momento,
Que nenhum cristão ignora!

Graças, Senhor, pela paz
Que ofereces, nestes dias,
Ajudam as mais valias,
Que a tua Palavra traz!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ó MISSIONÁRIAS!...

Cá nos chegou o convite!
Imprimi e fui, "très vite",
Colocá-lo no placard;
Agora, o entusiasmo
É, de tal modo, que eu pasmo,
Para Angola ir visitar!

E, resistir, para quê,
Se toda esta gente vê
Que Angola é campo aberto?
Tanta semente a lançar...
Semeadores já no ar
E cada vez bem mais perto!

Eles aí vão, muito em breve,
E não de ânimo leve,
Com objetivos precisos!
Ver a parte do rebanho,
Que as Irmãs já têm ganho
Dar, de viver, mais motivos!

Se o Reino, entretanto,
Difundirem, com encanto,
Graças daremos a Deus!
Vale bem a pena a fadiga,
Para que se conheça a Liga,
Na terra, não só nos céus!

Os que estão "no eterno gozo",
Tomam um ar pressuroso,
Para aí, olham também!
Eles, com maior poder,
Popõem-se a interceder,
Junto de Deus e da Mãe!

Somos Servas de Jesus,
É Ele que nos conduz,
Em Angola, ou Portugal!
É nobre a nossa missão!...
Que temeremos, então?
Deus não nos vai deixar mal!