sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fiquemo-nos por aqui,
Vejamos o panorama,
Pois o texto que escrevi,
De incomodar já tem fama!

É verdadeira a doutrina
E o assunto é profundo;
Mas só alguma heroina
O viveria, no mundo.

Quando as coisas são assim,
Defíceis de praticar,
Penso: "não é para mim,
O que estão a apresentar!"

E só via as missionárias,
De alma e portas abertas,
Fazendo, embora sumárias,
As tarefas que estão certas.

E essas gentes audazes,
Que, de apóstolo, têm alma,
Mostrando que são capazes,
De agir, com toda a calma.

Esses, sim, agora nós,
A quem falta a juventude...
Podemos usar a voz,
Mas já a ninguém ilude.

Ainda que o nosso espírito
Nos faça, cá dentro, arder,
Falta-nos suporte físico:
Quem já deu, não pode ter!

Alguém quer tomar o leme,
Que Deus pôs na nossa mão?
Só dirá sim, quem não teme
E se entrega à missão!

O encontro seguiu o esquema habitual: acolhimento, exposição do tema, trabalho de grupo, plenário, celebração da Eucaristia e almoço partilhado e bem convivido. Lembremos que alguns dos momentos mais importantes da vida de Jesus com os Apóstolos aconteceram à mesa, durante a refeição.
O tema tratado é muito atual e diz respeito a todos. Foi um trabalho solicitado pelos bispos portugueses, por isso, está longe de se tratar de uma "devoção" de algum grupo isolado.
O problema está em passá-lo à prática, nas comunidades paroquiais e nas comunidades da Liga, nas quais, como todos sabem, falta sangue novo, embora exista o espírito.
REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL
LIGA DOS SERVOS DE JESUS
Cerdeira, 07/05/2011

Introdução

Este projeto teve um bom acolhimento na diocese da Guarda, tendo participado na reflexão individual ou de grupos, e dado respostas às perguntas propostas, cerca de 1400 pessoas. Salientamos o bom acolhimento por parte dos serviços diocesanos (Conselho Presbiteral e Pastoral Diocesano), havendo uma boa participação dos diversos movimentos, serviços e obras, bem como da maioria das comunidades religiosas implantadas na Diocese, com especial referência para a Liga dos Servos de Jesus.
Houve, ainda, a participação de algumas paróquias, tendo respondido ao inquérito proposto, nas missas dominicais, cerca de 900 pessoas.

1. SOMBRAS QUE NOS DESAFIAM NO MUNDO E NA IGREJA

1.1. Que vês na "noite da sociedade" em que vives?

-Vida materialista e uma vida sem valores;predomínio do "ter" sobre o "ser"; busca do útil, do agradável, do mero hedonismo.
-Desilusão das pessoas e falta de esperança no futuro.
-Um crescendo de famílias "desintegradas", muitas vezes sem valores (humanos, políticos, religiosos e sociais) e sem possibilidade de os poder transmitir; e, se os possuem, encontram resistência na sua transmissão.
-Os "valores cristãos" em pouco ou nada influenciam a sociedade, pois que a mesma sociedade os rejeita, quando os não ataca, deturpa, ou relativiza. A sociedade rege-se por outros critérios.
-Problemas específicos a que o mundo da política (a sociedade em que vivemos) não consegue dar solução: a pobreza, o isolamento, o desemprego, a fome, o crime organizado, problema da saúde e assistência na velhice, "terrorismo" económico, falta de perspetivas em ordem ao futuro.

1.2. Sombras que nos desafiam como membros da Liga

-As últimas décadas da vida da Igreja Católica têm-se caraterizado por um progressivo distanciamento duma fé sentida, emergindo em contraponto uma acentuada secularização da sociedade em geral.
-Assiste-se a uma lenta "agonia" de muitos Movimentos que, durante anos e anos, deram muito e bom fruto. Falta de rejuvenescimento e um progressivo envelhecimento dos seus membros. falta de novo alento e vigor aos que "resistem".
-Continuam os "partidarismos" dentro dos serviços eclesiais. Falta de verdadeira unidade eclesial, confundindo esta com uniformidade.
-Falta de formação teológico-pastoral nas diferentes etapas da vida cristã e falta de capacidade para assumir as tarefas que são inerentes aos cristãos.
-Quase uma "prioridade" absoluta aos problemas "terrenos". Mais compromissos com o "mundo" do que propriamente com a intimidade com Deus, mesmo quando se lida com os problemas do dia a dia.
-Idade avançada das pessoas que vivem nas comunidades; faltam vocações de consagração.
-Demasiada ocupação que pode gerar ativismo.
-Pouca formação para o apostolado e e consequente acomodação.
-As comunidades estão demasiado fechadas sobre si mesmas e os seus problemas.
-As pessoas parecem mais preocupadas consigo próprias do que com os problemas dos outros e da Igreja.
-Há bastante oração, mas, frequentemente, é mais baseada em devoções do que na leitura da Palavra de Deus, com implicações na vida.
-Temos dificuldade em incutir naqueles que trabalham connosco, na educação das crianças e dos jovens, os valores e o espírito que nos anima, como Liga dos Servos de Jesus.

2. LUZES DE ESPERANÇA NO MUNDO E NA IGREJA

2.1.Luzes de esperança

-A Liga dos Servos de Jesus é uma Obra de apostolado e reparação, onde todos têm lugar, segundo o seu Fundador (ver Ata da Fundação).
-Continuamos a trabalhar compessoas carenciadas e vulneráveis. Mas hoje, a pobreza tem um rosto diferente. Os que nos procuram são famílias desajustadas, sem tempo para os filhos, com ausência de valores, de respeito pelos outros e pelas normas de convivência social.
-O aparecimento de novos Movimentos eclesiais capazes de responder a novos desafios conseguem dar o máximo.
-A Liga tem um Carisma que foi e continua a ser necessário à Igreja de hoje que está sintetizado no seu Lema: É preciso que Jesus reine!

Hoje, como em 1924, o mundo apresenta sinais de rejeição de Deus e, ao mesmo tempo, sinais de vazio e de sede de Deus.

2.2. Luzes de esperança na Liga dos Servos de Jesus

-Vontade dos jovens em contribuir para uma Igreja mais evangélica, mas esbarram, muitas vezes, com o mundo dos adultos já instalados com um cristianismo à sua maneira.
-Constatamos que os Servos Externos aparecem, quando contactados (encontros e retiros mensais, festas, devoção ao sr. D. João, etc.)
-O processo do sr. D. João tem avançado, de modo favorável.
-Vão aparecendo solicitações para falarmos do Fundador e do Carisma da Liga, quando algumas comunidades, mais distantes da Diocese da Guarda, se empenham em dar a conhecer quem somos.
-A expansão da Liga dos Servos de Jesus com a criação de uma comunidade em Angola é um sinal positivo. Esta pode apresentar-se como um desafio à preparação de voluntariado e ao recrutamento de novas vocações.

3. CAMINHOS PARA UMA NOVA MANEIRA DE SER IGREJA

3.1. Exigência de formação cristã

Precisamos de avivar o dom da fé, de ter alguém que escute os jovens, incentive e ame; Deviam envolver-se mais pessoas num projeto comum da Liga, como queria o Senhor D. João.

-Quais são as nossas prioridades? Quais são as motivações mais visíveis para aqueles que nos rodeiam?
-Haverá coerência entre o que pensamos eo que vivemos? Entre o que rezamos e o que praticamos? Como é a nossa oração comunitária?
-É no apostolado, na reparação, na caridade, que gastamos as nossas energias?
-Que sinais de comunhão dão as nossas comunidades?

3.2.Empenho criativo para uma nova evangelização

-Uma pastoral que leve a Liga a promover encontros de formação, de partilha de experiências.
-Ajudarmos as famílias que contactamos todos os dias através dos filhos que estão connosco, durante o dia.
-Retomar a evangelização e catequese, feita de modo mais personalizado.
-Que aspetos da nova evangelização devemos implementar: ir às fontes; colocar mais a Bíblia nas mãos dos fiéis; implementar a catequese em todas as idades; haver mais despojamento material e promover o diálogo entre os diferentes membros da Liga?
-Como fazer mais formação bíblica entre os membros da Liga?

3.3.Reorganização das comunidades cristãs

-Maior disponibilidade para atender os outros (exige-se mais tempo, mais aceitação do outro, maior partilha, mais atenção, mais caridade).
-Revigorar a oração, pois que sem oração não se vai a lado nenhum.
-Revigorar e reinventar as obras de misericórdia, como testemunho de credibilidade eclesial.
-Valorizar a proximidade entre a comunidade e o pároco; usar as novas tecnologias na transmissão do Evangelho.
-Como poderemos ser comunidade alicerçada no verdadeiro amor a Cristo e a nossa fé em Cristo ser vivida com entusiasmos? Como podemos organizar grupos de estudo, de oração e de fé?

3.4. Sugestões diversas

Partindo da realidade que somos, podemos empenhar-nos em tornar as comunidades mais missionárias, mais evangelizadoras, levando a sério os problemas do mundo e da Igreja, nomedamente a Igreja diocesana. A oração diante de Jesus eucaristia e o oferecimento do dia, das limitações e da doença, pelo êxito pastoral de muitas ações de evangelização.
Cuidar mais a qualidade da vida comunitária.
Trabalhar comunitariamente o documento do Magistério da Igreja.
Apostar na Lectio Divina, em pequenos grupos.
Continuar a insistir na formação cristã daqueles que trabalham connosco.
Urgência e inserção da Liga na vida das comunidades cristãs.
Formação dos agentes de pastoral e disponibilidade para colaborar na Igreja.

TRABALHO DE GRUPO:

Destas sugestões, escolhe duas que te pareçam mais importantes e que devemos por em prática.

Cerdeira, 07 de maio de 2011
P. António Manuel Moiteiro Ramos


domingo, 1 de maio de 2011

BEATIFICAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

O Futuro da humanidade está nas mãos
daqueles que são capazes de
transmitir às gerações do
amanhã razões de vida
e de esperança.
Beato João Paulo II