quarta-feira, 16 de setembro de 2009

À IRMÃ MARIA RITA!

16/09/09

Seria a festa dos oitenta e quatro, se fosse
A sua vida continuada na terra;
Mas quanta santidade em si encerra,
Por se encontrar já de Deus na posse,
Nestes anos que, por aqui, não perdera.

Deus imprimiu ao seu pedido despacho,
Pois viu que preparada já estava,
Para ter no seu Reino entrada;
Para quê continuar cá em baixo,
Se já merecia tão digna morada?

Depois da Senhora das Dores,
Ou desse mesmo dia no final,
Surgiu para a vida e vida tal,
Que pode ter sido das melhores,
Porque sofreu e lutou por um ideal.

Serva de Jesus a cem por cento
E de Maria os Quais amou, com paixão,
Esforçou-se por banir da vida o não;
Mesmo quando viver era um tormento,
Mergulhava em profunda oração.

Orar era, de facto, prioritário,
No seu dia a dia de trabalho intenso;
Entre o humano ser, à distracção propenso,
Que se sabe escusar com argumento vário,
Ela era excepção, com frequência penso.

Olhe para nós, Liga dos Servos, que é a sua!
Ou já não é? Será que nos esqueceu?
Ou é a diferença de vida aí, no céu,
Que torna a sensibilidade tão crua,
Como se nos separasse um denso véu?

Não acredito nisso, não insistam
Em nos fazer pensar que estamos sós;
Sejam, junto de Deus, a nossa voz,
Já que as nossas forças se debilitam
E isto nos causa um sofrimento atroz.