sábado, 27 de junho de 2009

FESTIVIDADES DO MÊS DE JUNHO!

Conforme o nosso capelão nos foi repetindo, ao longo do mês de Junho, que ora se encerra, este é um tempo rico em comemorações, do ponto de vista religioso e popular. Uma vez que este último conceito tende para o exagero, não vou referi-lo aqui.










Santo António

Santo popular
E bem português
É bom recordar
Uma e outra vez

Ó meu santo amado
Que erradamente
De Pádua és chamado
Pela estranja gente

Dá-nos a alegria
Das coisas de Deus
Terem primazia
Nestes filhos seus











São João

Foi o Precursor
Do que o precedeu
Para tornar melhor
Quem o recebeu

Quanto trabalhou
O novo Elias
Até baptizou
De Deus o Messias

De uma vida austera
Nos deu o exemplo
Segui-lo quem dera
Neste tão vão tempo









São Pedro

Como humano que era
Também ele errou
Sempre, nesta terra,
A culpa chorou

Assim são, por certo,
De Deus os caminhos
Que, neste deserto,
Não nos quis sozinhos

Quem foi escolhido
Para chefe da Igreja?
Pedro, arrependido,
Que honra lhe seja!


Às Chagas de Cristo!

Das tuas chagas, Senhor,
Brotam rios de água pura;
Branqueiam, tornam melhor,
A alma que Te procura.

Da chaga da mão direita,
Espessa gota jorrou;
O soldado, desta feita,
Dela beneficiou.

A esquerda, por seu lado,
Gotejou, mais abundante,
E as faltas do passado
Redimiu, em breve instante.

Toscos cravos trespassaram,
As divinas mãos e pés;
E o sangue que derramaram
Curou-nos, mais uma vez.

Direitinha ao coração,
A lança, em golpe certeiro,
Revela, ao mundo de então,
Jesus, o Deus verdadeiro.

Sangue e água, quanto resta,
Da grandeza de uma vida,
Que o pecador deixa em festa,
Ele, que era a ovelha perdida.

É a Santa Eucaristia,
Luz e pão do viandante;
Sem Ela, não viveria,
No mundo, de Deus distante.

Judeus, soldados romanos
Foram meros instrumentos;
Representam os humanos,
Vindos de todos os tempos.










Imaculado Coração de Maria

Que imenso é o vosso amor,
Ó coração da Mãe de Deus!
Nele não cabe e extravasa ao redor,
Com vontade de abrasar os filhos seus.

Imaculado, ardente, doloroso,
Todos os atributos Lhe assentam bem!
Ao contemplá-l’O, enchem-se de gozo,
Os humanos, ó coração da nossa Mãe!

Foi em Fátima que O revelastes
Aos pequeninos e humildes pastorinhos;
Nesse imenso amor de tal modo os abrasastes,
Que não lhes foi possível guardarem-no sozinhos.

“Fazei-O conhecer no mundo inteiro”,
Foi a maternal recomendação!
Se o seu reinado não tiver o lugar primeiro,
Não haverá, para os homens, salvação.

Assumiram tal responsabilidade
Aquelas crianças, até ali, desconhecidas,
Que, apesar da sua tão tenra idade,
Transformaram radicalmente as suas vidas!

O mesmo não conseguiram do mundo,
No qual, ainda assim, muitos ouviram;
Isto causou-lhes um sofrimento profundo,
Pois, espinhos, n’Aquele Coração, sempre viram.

A viver n’Ele os mais novos foram, logo, de gosto;
Não se sobrevive na terra, vislumbrando o céu assim;
Só à mais velha um tal "tormento" foi proposto,
Para a devoção pedida divulgar, até ao fim.

Quantos a vivem, por esse mundo além,
Milagre da penitência inocente!
Embora ainda não seja como convém,
O Coração Imaculado é refúgio de muita gente!