domingo, 24 de maio de 2009

ASCENSÃO DE JESUS!

Depois de trinta e três anos,
Nesta terra, entre os humanos,
Em duro peregrinar,
O Senhor subiu ao céu,
Que, por direito, era seu,
Retomou o seu lugar.

Lá do seio da Trindade,
Nunca saiu, de verdade,
Pois os Três não se separam;
É um mistério de fé
E, para quem nele crê,
Novos mundos despontaram.

De igual modo, entre nós,
Continua, o tempo após,
Ter subido para o Pai;
Que faríamos sem Ele,
Sem termos quem por nós vele,
Enquanto a vida se esvai?...

Ser de longe, ou ser de perto,
Faz diferença no deserto,
Desta vida, aqui, na terra;
Basta um pequeno esforço,
Vislumbramos o seu rosto,
Que toda a graça encerra.

Assim, temos a certeza,
Connosco trabalha e reza,
Não nos deixa fazer mal;
Sempre atento aos nossos actos,
Livra-nos de desacatos,
Torna-nos, a Ele, igual.

Um dia, já longe disto,
Gloriosos, como Cristo,
Prescindiremos da Esperança…
E, de igual modo, da fé,
Pois, veremos como é
Estar na Bem-aventurança!

Amor? Esse permanece!
Nele envolvidos, em prece
E muita contemplação,
Junto dos que mais amámos,
Nesta terra, em que lutámos,
Em perfeita união!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

REUNIÕES, MAIS REUNIÕES!

As Comissões Directivas da quase totalidade das Valências do Instituto de S. Miguel reuniram, no sábado passado, dia 16 de Maio, com a Presidente do Conselho Coordenador e os numerosos Técnicos de Contas, das várias actividades exercidas.
E o que é o Instituto de S. Miguel?
Uma IPSS, criada quase logo a seguir à Fundação da Liga dos Servos de Jesus, pelo Senhor D. João de Oliveira Matos e alguns dos seus colaboradores, para dar respostas sócio caritativas às famílias carenciadas, daquela época. Não lhe foi atribuída a designação que agora tem. Esta surgiria bastante mais tarde.
E por que razão aparece aqui esta notícia, no blogue da Liga?
É que, são precisamente os membros da Liga que imprimem ao Instituto o dinamismo que o faz viver, são eles os seus “funcionários”, embora exercendo o tão precioso voluntariado, pois não auferem qualquer vencimento, antes o canalizam para prover às necessidades das Casas, nas quais exercem as suas funções, e ao bem estar dos respectivos utentes.
No momento actual, como, já há anos, as vocações de consagração escasseiam, são mais numerosos os verdadeiros funcionários do que os membros da Liga, a trabalhar em cada Secção. Contudo, ainda são estes que se mantêm na orientação, são os que aprovam e supervisionam a concretização do Regulamento Interno, do Projecto Educativo e do Plano Anual de Actividades.
Em geral, a Segurança Social dá a cada utente uma comparticipação, o que lhe confere o direito de “exigir” Balanços, Orçamentos, Relatórios de contas, etc.
Nos dias de hoje, já todos os organismos têm contabilidade organizada. É o que acontece com o Instituto de S. Miguel. E como é difícil acertar com o que exigem as contas! Muda o Código de Trabalho, os contratos de trabalho, o IVA. o IRS, avançam as tecnologias, cansam-se as cabeças e lá fica tudo descontrolado!
Reunimos com os técnicos, que tentam pôr-nos ao corrente das actualizações: falam de facturas, de acordos, de inscrições, de direitos e deveres dos trabalhadores e das entidades empregadoras, de tudo o que deve estar exposto em lugar visível, para que o público possa constatar que nós, leigas consagradas, damos o exemplo do respeito pelos direitos dos que trabalham connosco e de todos os que usufruem dos nossos serviços, sejam eles crianças, jovens ou idosos e nunca por nunca devemos cometer injustiças com quem quer que seja.
É um nunca mais acabar!
Acima de tudo e antes de tudo, devemos ter cuidado com a formação das pessoas que contratamos, pois temos os nossos princípios que todos devem aceitar e pôr em prática. Devemos ser claros e directos, antes de assumirmos qualquer compromisso, para que as pessoas não possam dizer que foram induzidas em erro. Isto não quer dizer que não somos tolerantes e respeitadores das várias opiniões.
No final da reunião, foi-nos anunciada uma visita surpresa. Ficámos curiosas. Sabem quem foi? O Senhor Presidente da Câmara da Guarda, Senhor Engenheiro Valente!
Dirigiu umas palavras de apreço ao trabalho realizado pelo Instituto de S. Miguel a nível do Concelho e Distrito da Guarda, referindo que, não sendo uma Instituição que se torne muito notada, tem exercido uma influência, muito positiva, no campo da educação. É verdadeiro o seguinte princípio: “O barulho não faz bem e o bem não faz barulho!”
Querem saber se ficámos peritas em contabilidade?
Pela parte que me cabe, as contas estão a ficar cada vez mais certinhas. Não há matéria prima para se fazerem! E começam a aparecer alguns sinais vermelhos...
Comparo o estado actual das contas bancárias, ao depósito dos carros, quando é necessário abastecer...
É verdade que o nosso objectivo primeiro nunca serão os cifrões. Mal nos iria! Mas quem pode sobreviver sem eles?

domingo, 17 de maio de 2009

ACONTECIMENTOS DO DIA DE HOJE!

No dia em que os membros da Liga dos Servos de Jesus acompanharam a Ir Lúcia, que, durante muitos anos, viveu em Fátima, tendo passado, antes, pela Orca, à sua última morada, nesta terra, escrevi estas quadras, em honra da sua Nossa Senhora preferida.
A Irmã Lúcia, que entrou para a Liga, no Outeiro de S. Miguel, acabou por ser sepultada junto das Irmãs, falecidas naquela Comunidade, apesar de ter passado a maior parte da sua vida de serva em Fátima e de ter manifestado o seu desejo de ficar por lá. Porém, os desígnios da Providência a seu respeito eram diferentes e acabou por regressar ao ponto de partida.
Após ter contraído doença de alzheimer, ainda se manteve ali, durante algum tempo. Mas numa Comunidade de três elementos, tornava-se difícil tratá-la convenientemente.
Tendo-se agravado a situação, e ocorrendo novas crises de falta de saúde, teve de deixar a sua terra predilecta, Fátima, e passou a viver no Centro de Acolhimento de S. João de Deus, na Guarda, onde continuaram a surgir complicações.
Com as nossas comunidades constituídas quase só por Irmãs idosas e doentes, torna-se impossível prestar a assistência, a que cada pessoa tem direito, a quem esteja em situação de maior gravidade e dependência, por isso recorremos àquele Lar de Idosos, orientado por Irmãs que pertencem à Liga, onde ficam integradas numa Comunidade, embora não seja a habitual.
Lá foi para o céu, ela que teve a dita de privar com a Irmã Lúcia, Vidente, e que, como ela, tinha tanto amor a Nossa Senhora de Fátima!
Como recompensa, a mesma Senhora veio buscá-la no mês a Ela dedicado, Mês de Maria, que ela, enquanto pode, celebrou a seus pés, lá na Cova da Iria.
Não se esqueça da Liga, Irmã Lúcia!

Virgem Maria!

O mês a Vós dedicado,
Já se vai a mais de meio;
Meu dever de bom soldado
Não estar a cumprir, receio.

O mesmo dizer não posso,
Do meu exemplar exército;
Soldado que é dele, é vosso,
E nisso é que está o mérito.

Eu quero sê-lo, também,
E esforço tenho feito;
Ajudai-me, Virgem Mãe,
A sê-lo, ao vosso jeito.

É que o tempo é tão propício,
Para se viver sem pensar,
Que é fácil ganhar o “vício”,
De tudo fazer no ar.

Pedistes-nos penitência,
Pedistes-nos oração
E com tão grande insistência,
Que é difícil dizer não!

Urgente é mudar de vida,
Mas, se for para melhor;
Não tendes sido atendida,
Mãe minha e do meu Senhor!

Foi a nós, aos portugueses,
Que entregastes a Mensagem;
Mas, quão cheia de reveses,
Tem sido nossa coragem!

Perdoai-nos, Mãe bendita,
A nossa fragilidade;
E concedei-nos a dita,
De merecer para a eternidade!

Olhai a nossa Ir Lúcia,
Que, hoje, foi para o céu!
Como usou a sua astúcia,
Para, a todos, falar de Deus!

Viveu bem juntinho a Vós,
Aí, na Cova da Iria;
Sempre o seu interesse pôs,
Na Mensagem, ó Maria!

Muito bem a conhecia
E como a quis divulgar!...
A quantos ela acolhia,
Tinha uma palavra a dar.

sábado, 2 de maio de 2009

ACONTECEU, MAIS UM DIA 1 DE MAIO!...

Não foi como tantos outros, não! Este foi especial. Realizou-se o encontro de Servos de Jesus e simpatizantes, orientado pelo Assistente da Liga, Senhor Padre Moiteiro, conforme programação, divulgada oportunamente. Teve lugar na Cerdeira, muito frequentado, e, sobretudo, muito bem preparado.
A meteorologia estava um tanto adversa. Um vento fresquinho e para o forte, de vez em quando. Mas o optimismo dos que iam chegando, dava, ao facto,
interpretação adequada a essas circunstâncias. Perguntavam se seria, já, o Espírito Santo a descer, ou se, na realidade, teríamos necessidade de umas boas sacudidelas…, etc.
Após o acolhimento, teve início a Adoração ao Santíssimo, durante a qual meditámos alguns textos bíblicos e os respectivos comentários, aos mesmos, feitos pelo Senhor D. João de Oliveira Matos. A selecção dos textos foi feita com “arte e com alma”, segundo a opinião de alguns dos presentes. Certos excertos pareciam inéditos. É bem verdade que, na meditação da Palavra de Deus, encontramos sempre coisas novas. Pena é que se medite tão pouco!
Tempo para um curto intervalo, pelas 11:30h, e celebração da Eucaristia, pelas 11:45h. Eucaristia solenizada: Festa de S. José Operário, tempo pascal e início do mês de Maria. Presentes as intenções dos trabalhadores e dos que gostariam de o ser e não podem, por doença, ou por falta de oportunidade. Ainda: a vivência da alegria que nos proporcionou a Ressurreição de Jesus Cristo, razão da nossa fé, e o recordar do dever que temos de venerar Maria, com todo o fervor possível, porque é nossa Mãe, é padroeira da Liga e porque escolheu o nosso país para comunicar uma das suas importantes mensagens e, por nosso intermédio, a transmitir a todo o mundo.
A homilia também foi, como é sempre, em circunstâncias idênticas, rica em conteúdo doutrinário e em ideias que, facilmente, poderemos passar à prática, caso estejamos atentas no nosso dia a dia.
Seguiu-se um almoço convívio, partilhado, durante o qual se respirava alegria, pois que, à mesma mesa, se sentavam pessoas que não se viam há algum tempo, amigos de longa data e outros de conhecimento mais recente. Houve partilha de pão e de amizade, e comentários entusiásticos à parte do encontro já concretizada.
Pelas 14:30h, nova reunião, na capela, para a apresentação e comentário de um PowerPoint, elaborado com textos paulinos, na sua maioria.
Momento de despedida, bastante curto. O tempo urge, já que temos sempre alguma coisa para fazer na nossa casa. Gostamos de sair, mas a vontade de regressar supera tudo.
Cremos que todos ficámos mais enriquecidos, por todas as razões já referidas, ou outras,
porventura, omissas.
Trata-se de gente sincera e todos afirmavam que tinha sido muito bom!
Uma palavra de gratidão, em nome de todos, a quem preparou este trabalho!