quarta-feira, 22 de abril de 2009

FOI ONTEM!...

Com a Primavera ainda bebé, apenas um mesinho de idade, recebemos a visita da Coordenadora Geral da Liga, que apareceu aqui, logo pela manhã, como quem dispõe de “todo o tempo do mundo”, para ouvir e aconselhar quem quer que precisasse da sua ajuda. Mais tarde, chegou o Assistente. Houve um breve convívio, durante o almoço, após o qual se seguiu uma reunião de trabalho.
A reflexão foi sobre o capítulo XV das Constituições, no seu nº 135 e seguintes… É necessário proceder a mudanças, não só de vida, em cada dia, de preferência para melhor, mas de cargo. Este, seja qual for, deve ser encarado e aceite com espírito de serviço, prestado, em primeiro lugar, a Deus, que não precisa de nós para nada, nós é que, sem Ele, nada podemos fazer, e, em segundo, à Comunidade, essa sim, cada vez mais carente de ajuda divina e humana, uma vez que mais débil em recursos.
O cenário da Liga é, realmente, preocupante. Só a fé em Deus e a certeza de que, se a obra não fosse d’Ele, já teria sucumbido e a nós pertence dar tudo por tudo para que ela cumpra os desígnios do Criador, a seu respeito, nos pode imprimir coragem para prosseguir.
Deus nos ouça, nos olhe, continue ao nosso lado, vá à nossa frente, quando nos vir vacilantes, seja a única razão do nosso existir, nos conceda a graça da perseverança no bem, em cada dia, e no final da nossa caminhada sobre a terra!
Após exposição e reflexão, houve um momento de partilha de opiniões, e sugestões, que se guardaram, até amadurecerem, antes de serem apresentadas ao Conselho Geral, para análise e tomada de qualquer decisão, se tal for possível.
Os ilustres visitantes partiram, em seguida, para o Rochoso, em cuja Comunidade foi realizado trabalho idêntico.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

REFLEXÃO!...

Poderia ter sido muito melhor!

Aconteceu mais uma noite dessas,
Em que temos por missão renunciar
Ao solto sono e ir, sem grandes pressas,
O nosso Deus, no Sacramento, adorar!

O cansaço, por vezes, não nos deixa,
É preciso insistir, com violência,
Sobre nós próprios e, sem queixa,
Prostrarmo-nos ante a sua omnipotência.

E para onde fugiram os meus olhos,
Mal penetrei no exíguo santuário?
Para o esplendor das flores que, em molhos,
Embelezavam o Senhor, naquele Sacrário.

Essas sim, que, vigilantes, fitando,
Lhe prestavam a máxima atenção!
Rendiam-Lhe louvor, Sua beleza espelhando,
Curvadas, perante o Deus da Criação.

Chegou a chuva a bater, como em prece,
Pela janela tentando espreitar;
O Senhor, a Quem sempre ela obedece,
Vinha, também, de mansinho, adorar.

E ali permanecemos, juntamente:
Qual deles animado de maior fervor?
Não era eu, por certo, minha gente,
Muito embora, devendo mais ao meu Senhor!

Parti, então! Porém, eles continuaram,
Incansáveis, pois prescindem de repouso;
Fico triste, se, mais do que eu, eles rezaram,
Ao Criador comum, para mim Pai amoroso!

Ir descansar era minha obrigação;
Isso fiz logo, pouco tempo demorei...
Como ensinou o grande Apóstolo, então,
Qualquer dos actos glória dá ao nosso Rei.

Tenho isso em vista, um instante não duvido,
Mas sempre, sempre, não consigo, o que é pena!
Imploro do meu Deus, como mendigo,
Me mantenha, mesmo assim, sempre serena!

sábado, 4 de abril de 2009

RETIROS...

Já aconteceu o primeiro Retiro, deste ano, para Servas Internas.
Como estava programado, realizou-se no Outeiro de São Miguel, com início no dia 31 de Março e encerramento no dia 4 de Abril. Foi orientador D. Ximenes Belo, bispo emérito de Díli, Timor-Leste.
Logo após o sim pronunciado, para D. Manuel Felício, ao ser convidado para orientar o Retiro das Servas, D. Carlos Filipe Ximenes Belo dirigiu-se ao Assistente da Liga e manifestou a sua vontade de se documentar sobre o nosso Fundador e seus escritos, e sobre as razões que o levaram a fundar esta Obra.
Foram-lhe, de imediato, enviados os livros e as Constituições, que ele estudou atentamente, em pormenor. Assim, e de acordo com testemunhos de Irmãs presentes neste trabalho, o senhor bispo não se apresentou como alguém estranho à espiritualidade da Liga, mas, ao contrário, como quem sabia o que dizia e de que falava.
Todas as Irmãs vinham muito entusiasmadas e com vontade de avançarem, um pequeno passo, que seja, na sua perfeição, notando-se, nas mais ousadas, um grande desejo de contagiarem as que, pelos motivos mais diversos, tiveram de se inscrever nos retiros que se seguirão, a seu tempo.
Continuem assim e verão como, em breve, a chama do fogo que as invade atingirá outras, que acabarão por ser envolvidas nessa vontade de melhorar as coisas!

Antes de regressarem às suas comunidades de origem, as Coordenadoras locais presentes, juntamente com as que ali se deslocaram para o efeito, reuniram-se com o Conselho Geral e o Assistente, para receberem algumas informações e instruções pertinentes e oportunas. Entre elas destaca-se a tomada de conhecimento de que a planta da Casa da Liga, a construir em Kilenda, Angola, já está esboçada. Procura-se Empreiteiro competente para se proceder ao início da construção.
Quem não se ofereceu para ir para as Missões, porque receava não ter casa para viver e tem medo de bichos e animais selvagens, pode avançar. Este problema vai estar resolvido brevemente!
É de referir, ainda, que já foi constituído, pelo Senhor Bispo, D. Manuel da Rocha Felício, o Tribunal que irá analisar os trabalhos de pesquisa científica, realizados sobre a "Graça do Milagre" concedida por intermédio do Senhor D. João, cuja finalidade é estudar todo o processo, discuti-lo de forma muito rigorosa, para que, sem margem de erro, se possa afirmar se é, ou não, um milagre.
Os elementos que constituem o Tribunal são:
-Pe Carlos Lages
-Pe Alfredo Neves
-Pe Joaquim Álvaro de Bastos
-Elvira dos Anjos Alpendre
-Um Médico a designar
Está, portanto, dado mais um passo, e importante, para o avanço do Processo de Beatificação do Senhor D. João.
Claro que nada disto aumenta a santidade do Servo de Deus, que, como disse o Pe Moreira das Neves, foi "santo na vida, santo na morte, santo na terra, santo no céu".