sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

NATAL 2009!

A Liga dos Servos de Jesus deseja a todos os seus membros, familiares, simpatizantes e aspirantes um SANTO NATAL, repleto de graças, distribuídas por Este Menino Deus que, por AMOR quis passar pela nossa humana natureza!

domingo, 20 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS!

BOM NATAL, ó Missionárias!
Tenham muito BOAS FESTAS!
Instaram famílias várias,
Ainda que imaginárias,
Para que as melhores fossem estas!

Também para o NOVO ANO,
Auguramos bom sucesso:
Maior vontade de agir,
Em direcção ao porvir,
Pois todo o esforço tem preço!

A casa já tem princípio
E alguém para abrigar;
Mais virão e, a seu tempo,
Veremos vosso talento,
Na arte de evangelizar.

Chamar, porém, é com Deus,
Só Ele vê o coração:
Os Zaqueus as Madalenas
Bebem verdades eternas,
Que ensinais com a oração.

Estamos felizes convosco,
Rejubila a nossa alma!
Contudo, a vossa ausência,
Só se esquece porque a essência,
Desse labor leva à palma.

D. ELISA E D. ETELVINA, NO CÉU!

Encontraram-se aí, quando?
Nesse dia, em que partiram,
Ou ainda nem se viram,
Para não haver desmando?

Apraze-me imaginar
Que, encontrar-se com Deus
E todos os filhos seus,
Demora, nesse lugar!

Lugar?! Será fantasia…
Estado de alma, talvez,
Conforme o que aqui se fez,
O melhor que se podia.

São tantos, tantos, Senhor!
Até dos que conhecemos,
E dos quais nada sabemos,
Ninguém se lembra de cor.

Foi mistério, esta partida!
Seguiram rotas diferentes,
Entre as mais diversas gentes,
Mas algo comum na vida.

Humanamente falando,
D. Elisa tinha o nível
E estava disponível;
Deus fez mover o comando!

D. Etelvina, porém,
Vigiava, com desvelo,
O seu mais querido elo,
Como se dele fosse a mãe!

Tinham combinado antes
E mantiveram segredo?
Uma foi horas mais cedo,
Mas ambas pouco distantes!

Partiram num lindo dia!
A festa da Imaculada,
Por nossos reis coroada,
Da melhor coroa que havia.

Saber como tudo é
Não vamos nós, de certeza;
Aguardamos a surpresa,
Tornando mais forte a fé!

domingo, 13 de dezembro de 2009

AINDA O RETIRO DO ROCHOSO:

ESMIUÇANDO O ESQUEMA DO PROGRAMA!

ADVENTO-Itinerário de um encontro salvífico.

Com a Mafalda, analisemos o mundo doente, que somos nós.
Advento é a vinda periódica da divindade, já com sentido religioso; É a última vinda do Senhor. Mas é também, em relação ao 1º Natal, vinda d’Aquele que vem por AMOR.
É neste sentido que queremos viver o Advento. Somos tentados a não sermos bons. A Mafalda consegue fazer tudo para curar o mundo doente. Devemos ter um AMOR que transfigura.
Desde a Criação, Deus tem-se oferecido ao mundo. Oferece-Se naquilo que cria. Dá tudo. Dar o próprio Filho é dar tudo, dar mais do que a si próprio.
Devemos dar um sentido à nossa oferta e viver dela. É o que Deus faz. Os presentes devem implicar quem os oferece.
Desejo da vinda do Salvador. O desejo transfigura a espera!
Os desejos habitam-nos. Por vezes, não os concretizamos. Não devíamos opôr-nos aos desejos de Deus.
As nossas inquietações, mesmo negativas, vêm revelar a necessidade de algo. (Lembremo-nos da polémica de Saramago).
Não há consagração, sem se viver o desejo. Quando se vai o desejo de Deus, termina a nossa consagração, ainda que a tenhamos registada no papel. Quando celebramos algum acontecimento, o mesmo já tinha sido celebrado pelo desejo, em maiores proporções do que no momento da celebração. O nosso desejo e o nosso amor devem ser perseverantes.
Se o nosso desejo em relação a Deus é limitado, não presta, é fictício. Por seu lado, o amor, ou é total, ou não é amor.
Este desejo da festa de Natal reflecte-se neste tempo do Advento. O desejo é que nos faz caminhar para a meta. Sem o desejo não se caminha.
Toda a caminhada descrita na Bíblia é em ordem a despertar a necessidade da vinda de um Messias, Salvador, mas O que vem só pode penetrar nos corações, se estes estiverem alimentados pelo desejo.
Advento, tempo de preparação.
Matar o tempo rouba-nos a vida. Sempre que desprezamos a vida, estamos a matá-la.
Na Bíblia, o tempo é pedagógico, é sempre uma preparação para a conversão. Lembremos os períodos de 40 anos/dias nela referidos. São sempre passagem, evolução…
É tempo vivido para a esperança e dela se alimenta.
O Cristão é aquele que vive em esperança. “Preparar os caminhos do Senhor”, diz Isaías. Tem que ser uma espera activa e eficaz, diz João Baptista. O tempo adiado deixa de ser tempo. O Advento é um tempo, sem ele não há Natal.
O Messias vem? Vem, ou não vem? “É que nós não vemos nada de diferente em vós!”, podem dizer os não crentes.
João Baptista pergunta a Jesus: “És Tu o que vem responder às nossas esperanças?” “Os cegos vêem, os mudos falam…” É a resposta de Jesus.
Nota-se em mim que o Messias vem?
Devemos viver na certeza de que Ele vem e, ao mesmo tempo, desejar que Ele venha. Nunca devemos estar saciados da ideia dessa vinda.
O Advento projecta-nos para o futuro, não nos fecha no passado.






















Partindo do presépio, somos obrigados a encarar o mundo de maneira diferente. “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura”. O Cristão nunca devia dizer que as coisas estão mal, antes de fazer tudo para as melhorar.
Os tempos são diferentes e desafiam-nos para a novidade da resposta.
A criança do presépio revela-nos o novo rosto de Deus.
É nossa missão dar um rosto novo à humildade.
O encontro é o Natal!
Mas deve acontecer diariamente. Este encontro fica para a Adoração. É durante ela que vamos encontrar-nos cara a cara com Aquele que esperamos. O encontro deve deixar marcas. O encontro do qual saímos iguais não é encontro.
O ritmo da vida faz-nos esquecer tudo o resto! Os problemas são verdade? O resto não é verdade? O que é que pesa mais?
Uma realidade não elimina a outra.
Não viver na alegria é dizer a Jesus descaradamente: “Não sei para que vieste!” “Não vale a pena voltares!”
Conclusão a tirar: Ninguém devia sair de junto de mim sem se sentir mais alegre!

sábado, 12 de dezembro de 2009

RETIRO DE DEZEMBRO, NO ROCHOSO!

Mais uma vez, fomos convidados a reflectir: Servas Internas e Servos Externos.
O nosso orientador foi o Senhor Padre Serafim, cujo nome parece assentar-lhe a cem por cento, assim Deus nos ouça e continue a ajudá-lo a ser coerente com ele.






















Por seu lado, o Senhor Padre também tinha um Orientador, o próprio Deus, que, nesta quadra litúrgica, nos motiva para uma preparação cuidada da vinda do seu Filho; e uma assistente, a Mafalda, banda desenhada à qual deu a volta de tal maneira, que a enquadrou perfeitamente no contexto daquilo que pretendia transmitir-nos, dando-nos verdadeiras lições.



















O tema foi, como era de esperar, o Advento e foi apresentado em PowerPoint. Segue-se um texto com o resumo do que nos foi proposto para reflexão.













































Após a apresentação, houve um curto intervalo, ao qual se seguiu uma hora de adoração, em silêncio. De vez em quando, cantava-se um cântico alusivo ao tema reflectido ou ao tempo litúrgico, para que nos ajudasse a interiorizar esta espera ansiosa da vinda do Messias, não tanto ao presépio, mas, de preferência, ao nosso coração e às nossas vidas.
Terminou com a benção do Santíssimo.

























Seguiu-se um almoço de festa, tanto pelo conteúdo, como pelos momentos de convívio, tão apreciado por todos. Os membros da Comunidade do Rochoso andavam numa azáfama, de um lado para o outro, para que nada faltasse. São muito acolhedoras, aquelas "abelhinhas!"
















Por volta das 14:30, teve início a Eucaristia do 3º domingo do Advento. Foi presidida pelo Assistente da Liga, pois incluiu a renovação da consagração das duas Servas em formação, a Fátima e a Ester, como farão anualmente, até à definitiva, e perante o Assistente e a Coordenadora Geral.


































O Presidente fez a ligação da liturgia da Palavra, deste domingo, com S. Paulo e relembrou o que nos repetiu no ano Paulino, a propósito da denominação de domingo da alegria, deste 3º domingo do Advento. O mesmo nos repetia o Senhor D. João, como podemos verificar nos escritos que nos legou. Devemos:
-Viver em alegria
-Ser bondosos uns com os outros
-Rezar sem cessar
A propósito do evangelho, alertou-nos para a pergunta formulada a S. João Baptista, "Que devemos fazer?", e para as sucessivas respostas:
Ao povo: Tende maior sensibilidade uns com os outros;
Aos publicanos: Não exploreis ninguém, não enriqueçais ilicitamente;
Aos soldados: Não useis de violência, promovei a paz;

E nós, o que devemos fazer?
-Ser santos, isto é, deixarmo-nos trabalhar por Deus e estarmos atentos ao que Deus nos pede no dia-a-dia. Ser portadores da vida amorosa de Deus. Deus já existe no meio de nós. Nós já fomos salvos por Jesus Cristo. É preciso que esta Salvação nos faça viver em Alegria, Bondade, Diálogo e Comunhão com Deus!

























quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MAIS DUAS SERVAS, MUITO QUERIDAS, QUE PARTIRAM!


D. Elisa


D. Etelvina
Não sei o que aconteceu,
Já ninguém entende nada,
Ambas partiram para o céu,
Na festa da Imaculada!

Cada uma no seu género,
Santas à sua maneira,
Desprezaram o efémero,
Levando-nos a dianteira!

Quer seja um grande "chavão",
Ou dos médicos rurais,
Não têm a vida na mão,
Nenhum é menos, nem mais!

Deus é que dela faz dom
E a retoma a seu jeito;
Sendo Ele um Pai tão bom,
Só faz o que é bem feito.

Foram contemporâneas nesta casa, ambas leccionaram na Escola e eram amigas. A D. Etelvina Pacheco Serrano Dinis da Fonseca sentiu que Deus a chamava a constituir família e assim decidiu, passando a viver em Lisboa. A D. Elisa por aqui se manteve, ausentando-se, apenas, nas férias. Até que sentindo-se já um pouco limitada, passou a permanecer a tempo inteiro.
A D. Etelvina foi sempre muito dinâmica. Dava bastante apoio ao núcleo de Servos Externos de Lisboa. Uma qualidade que nela se salientava era a preocupação pelo outro. Resolvia todos os problemas que estivessem ao seu alcance. Leccionou, durante muito tempo, no Colégio das Oblatas, em Lisboa. Estimava e era estimada por todas as suas alunas, das quais falava com grande carinho e amizade. Claro que vivia com intensidade os seus problemas, não só durante a vida escolar, mas pela vida fora.
A D. Elisa era mais introvertida. Tinha um viver muito suigéneris, mas manifestava grande virtude, quando a ocasião se proporcionava.
Muitos conheciam-na como a Elisinha. Quando o Colégio começou, a D. Elisa foi um grande apoio para a Ir Maria Rita.Que Deus lhes dê a recompensa de todas as boas acções que praticaram e que, junto d'Ele, intercedam por nós.

































domingo, 6 de dezembro de 2009

CONTINUAMOS COM ANGOLA!

COMPLEXO MISSIONÁRIO DA LIGA DOS SERVOS DE JESUS!
Arrancaram as obras, em Quilenda.
As nossas Missionárias já lá têm uma tenda!





















Já arrancaram as obras,
Que darão um novo lar
Às que foram corajosas
E se entregaram, de rosas,
Só para evangelizar.
São as nossas missionárias,
Sempre a viver em pobreza;
Com dificuldades várias,
Lutam nas hostes primárias,
Pois vislumbram, com clareza.
Vão chegar ao cem por um,
Não duvidem um instante!
Renunciaram ao "comum",
Sem problema nenhum,
Nem qualquer ar vacilante.
Andam de casa emprestada,
Como o Menino Jesus!
Mas a alegria instalada,
Nos seus rostos espelhada,
É algo que nos seduz.
Maiores que o Mestre, não são
Mas andam no seu encalço!
E, tendo vazia a mão,
Têm rico o coração
E não dão um passo em falso!
Têm o essencial?
Digam com sinceridade!
Por cá, as coisas vão mal,
Mas partilhar, afinal,
É nossa prioridade.
Natal Feliz, Missionárias!
E dêem muitos sorrisos;
Não sejam depositárias,
Tudo esvaziem para as áreas,
Em que eles são mais precisos!
E, se levarem Jesus
A um grupinho por dia,
Podem não ter leve a cruz,
Mas é acção que conduz
A uma enorme alegria!
Das que estão para cá da ponte, mas a atravessam com grande facilidade!

sábado, 21 de novembro de 2009

RETIRO MENSAL, NA RUVINA

O retiro mensal deste mês foi programado para a casa da Ruvina, porque, em Maio passado, esta Comunidade completou 75 anos de existência. Foi denominada Casa de Cristo Rei, desde a primeira hora, e, como todos sabem, hoje, é véspera da festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
A Ruvina é uma aldeia pequena do concelho do Sabugal e não muito distante daquela cidade. Há 75 anos, o Senhor D. João de Oliveira Matos fundou ali uma Comunidade de membros da Liga dos Servos de Jesus, apoiado pela família Correia Dinis da Fonseca. A 1ª Superiora dessa Comunidade foi a Senhora D. Cândida Correia Dinis da Fonseca, mais conhecida por D. Candidinha.
Sempre foi uma casa muito acolhedora e as crianças ali educadas ficam ligadas entre elas e à própria Casa, como se de membros de uma família biológica se tratasse.
Sendo o actual número de Irmãs extremamente reduzido, lá andavam as antigas utentes, hoje mães de família, a preencher todas as lacunas que poderiam surgir, pois sentem-se "ofendidas", se alguém se atreve a afirmar que a Ruvina já não é a mesma.
Desempenharam muito bem o seu papel, tanto no acolhimento, como em qualquer outra tarefa. Parece que até elas sabem que “a perfeição está na generosidade com que fazemos as coisas”.

O retiro foi bastante frequentado, como se pode verificar na fotografia abaixo.
«Reavivar o dom de Deus que existe em nós»

Este foi o tema de reflexão para o dia de hoje.
Caso estejam interessados em meditar os textos sugeridos, aqui ficam as citações e uma frase resumo para cada um, conforme proposta do orientador, Rev.do Padre Moiteiro.
Mt 13, 3-23: A semente produz de acordo com a qualidade do terreno.
3 qualidades de terreno negativo: caminho, rochas e espinhos.
3 qualidades de terreno positivo: trinta, sessenta ou cem, por um.

Mt 7 24-27: O prudente resiste às dificuldades.
Is 55, 10-11: A Palavra é como a chuva e a neve… que produzem frutos.
Heb 4, 12-13: A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes… (Cf Ofício de Leitura de sexta-feira, XXX).

1. Dificuldades que vêm de dentro de nós:

O cansaço como uma doença do mundo de hoje. Não é legítimo perder o entusiasmo pela causa do Evangelho. Assim, seremos como um motor sem rotações ou locomotivas sem carruagens.

A insegurança interna traduz-se num confiarmos demasiado em nós em vez de confiarmos em Deus.

A falta de saúde, o sentir que somos velhos e não temos quem nos substitua é uma doença terrível que se está a espalhar nos ambientes religiosos.

O arrefecimento interior. Temos de cuidar este vaso de barro, no qual trazemos a nossa vocação/mistério. Temos de ter entusiasmo em ser santos.

As expressões sublinhadas são a radiografia exacta das actuais comunidades das Servas Internas. Nunca vi nenhum retrato tão fiel da nossa situação. Podemos fazer esforço por melhorar, por disfarçar, acabamos sempre por ir bater a estes pontos. Talvez seja uma visão derrotista, mas também tem muito de realista.
É verdade que não queremos cruzar os braços, mas eles tendem, naturalmente, para essa posição!

2. Dificuldades que nascem do exterior

O deserto em que vivemos. Cada vez mais as nossas comunidades são pequenas, não há jovens nem crianças…

Ambiente contrário aos valores do Evangelho. A máquina secularista está cada vez mais forte. Em nome da liberdade religiosa e dos direitos humanos, proíbem-se os crucifixos nas escolas, ataca-se o cristianismo… Os valores que se veiculam nos mass media não são os valores evangélicos.

Secularismo é uma ideologia segundo a a qual se devem organizar as realidades terrestres, prescindindo de Deus. Por exemplo:
-Proibir os símbolos ou práticas religiosas nas escolas.
-Tirar os capelães dos hospitais.
-Disponibilizar para as aulas de EMR tempos em que não pode haver outras aulas.

Para “remar” contra este secularismo, nós devemos dar o “salto de qualidade”, isto é fazer tudo com perfeição.
Deus pede-nos o nosso coração e quer enchê-lo dos seus dons. Entreguemos-Lho.
Esforcemo-nos por ser santos à maneira do Senhor D. João:
1º Andando na graça de Deus;
2º Fazendo todo o bem possível aos irmãos;
3º Fazendo-o por amor a Deus;


A seguir a esta reflexão, houve uma hora de adoração, em silêncio, diante do Senhor solenemente exposto, que se desenvolveu em reparação, louvor, acção de graças e se fizeram alguns compromissos particulares. Terminou com a bênção do Santíssimo.
Houve, em seguida, um almoço volante, durante o qual se praticou um são convívio. Há sempre alguém que já não vemos há algum tempo!

Após o almoço, foi apresentado um PowerPoint com a homilia feita pelo Prior dos Monges de Sobrado, na profissão monástica do Pe José Luís Farinha, um momento vivido com entusiasmo na nossa diocese, da qual retivemos, sobretudo, dois pontos.
-Para se ser santo é necessário ser humilde.
-Devemos procurar Deus dentro de nós e não em caminhos muito afastados.
Já o tema aglutinador do nosso dia era reavivar, de modo particular, o dom que Deus nos fez, no dia do nosso baptismo.

Coroámos a nossa reflexão com a Eucaristia da Solenidade de Cristo Rei, bem solenizada e com uma homilia esclarecedora, sobre as ideias fundamentais da liturgia da Palavra.
Não se notava muito, mas que todas vínhamos mais ricas de conhecimentos, ninguém pode negar!

domingo, 15 de novembro de 2009

MAIS UMA NO CÉU E A MENOS ENTRE NÓS!

Olá, Irmã Alzira!
Está a ver-me?
Eu sei que está envolvida em Deus e ambos a envolverem-me a mim...
Mas não, não pode ser! Não faço parte desse conjunto divino! Está mergulhada em Deus e eu estou a ser observada pelos dois, mas situada num ponto exterior.
Assim está melhor!
Mas já me sinto feliz, pois espero que não me deixem cometer erros, que me avisem antes de eu avançar por caminhos que conduzam a destinos menos próprios.
Posso ficar descansada?
Bem, descansada não é o termo correcto, já que, sem a minha cooperação, não seria muito justo que tudo me corresse pelo melhor. Mas vou esforçar-me por estar atenta e vigilante!
Gostava de saber o que a levou a partir tão depressa. Estava cansada de sofrer?
É natural, pois, humanamente, por vezes, é difícil aguentar. Porém, com a ajuda de Deus, sublimando as contrariedades, o mal-estar, tudo o que é adverso, a vida torna-se mais fácil e acumulamos tesouros no céu.
Foi o seu caso, não foi?
Houve alguma razão especial para nos deixar no dia do 19º aniversário da partida da Irmã Maria Rita, ou foi pura coincidência?
A Irmã Maria Rita fez-nos tanta falta! Parecia que não iríamos sobreviver sem ela.
Mas era a nossa falta de fé e de confiança em Deus que nos fazia pensar assim, contrariamente ao que ela tentou ensinar-nos, enquanto estava entre nós!
Sentimo-la, muitas vezes, ao nosso lado!
E o que é que acontece a todos os que partem? Ficam extasiados com a beleza de Deus e não conseguem fazer mais nada, ou estão sempre a proteger-nos e nós, tão distraídas e ingratas, vamos afirmando que nos esquecem?
Perdoem, se somos injustas, mas é verdade que repetimos isto muitas vezes!
Aliás, muitas das que aí estão falavam assim, antes de partirem e, logo que se viram bem "instaladas", agiram da mesma maneira!
Isto é, realmente, um mistério!
Já se aperceberam de que os Servos de Jesus são mais numerosos no céu do que neste vale de lágrimas? Qual a interpretação que fazem do facto?
Andamos todas preocupadas por não conseguirmos fazer o que o Senhor D. João queria e tememos que a culpa seja nossa.
Não pedimos que enviem cá o "pobre Lázaro". Não o queremos privar do gozo de Deus por um segundo que seja. Mas, repito, não nos deixem agir mal!
Sabe que hoje partiu para Angola a nossa missionária que esteve a passar uns dias de férias entre nós? Acompanhou-a na viagem?
Os do céu também andam por lá, não andam?
E estão de acordo com a decisão tomada?
Ajudem-nas também, porque, o que elas mais desejariam era trazer muitos para o Reino de Deus.
É pena não poder dar resposta às minhas questões. Mas eu vou reflectir sobre elas e estar mais atenta aos que procuram transmitir-nos qual a vontade de Deus a nosso respeito. Esses estudam as coisas a fundo e estou convencida que são inspirados pelo próprio Deus.
Rezamos por si e por todos. Se não precisarem, passem a quem tiver necessidade. Caso reste algum mérito para atribuir, vão guardando para nós, nesse tesouro infinito e misterioso...

VOTOS PERPÉTUOS DO PADRE JOSÉ LUÍS FARINHA!

Sobrado de los Monxes

E a Liga foi apoiar, quem a diocese deixou, para melhor a Deus amar!

Foi na Sexta-feira, 13, no mês de Novembro, de 2009. É o dia em que se celebram todos os Santos que foram da Ordem Beneditina e continuam a pertencer-lhe, já sem perigo de mudarem de senhor. É que, enquanto estamos neste mundo, nunca somos de fiar!...
O senhor Padre José Luís Farinha tinha decidido

“pedir” a entrada definitiva na Ordem e a misericórdia de Deus. Assim se expressou quando, estendido no chão, de bruços, em frente do Prior do Monasterio Cisterciense de Sobrado de Los Monxes, na Coruña, Espanha, aquele lhe dirigiu a pergunta: “Que pedes, José Luís?”













Dias antes, o Padre José Luís tinha dirigido um convite familiar a alguns dos membros da Liga, aqueles com quem tinha privado de mais perto, e lá foi uma representação, na qual não faltou a Coordenadora Geral e o Assistente Geral, que o tem acompanhado e lhe tem prestado todo o apoio possível, desde a primeira hora da sua decisão.
Foi uma cerimónia rica de significado espiritual, integrada na celebração Eucarística, presidida por D. Manuel da Rocha Felício, bispo da Guarda e por D. António dos Santos, bispo emérito desta diocese, acompanhados pelo Prior do Convento e restantes Padres e Irmãos da Comunidade. O coro, quase exclusivamente masculino e tão harmonioso, ao som de um órgão bem afinado, fazia-nos acreditar que estávamos a viver momentos celestiais.
Os pais e irmão do Padre Farinha estavam na primeira fila, assim como outros familiares. Um grupo significativo de sacerdotes e alguns seminaristas da nossa diocese fizeram questão de estar presentes também, assim como alguns da diocese de Viseu.
Havia, ainda, dois grupos de religiosas, sendo um de beneditinas, e alguns leigos.
No momento oportuno, coube aos pais a tarefa de levar junto do filho a cédula do compromisso, que ele assinou, decidido, e colocou sobre o altar do sacrifício, onde permaneceu até ao final da celebração. Mais tarde, foi a vez do irmão levar ao Prior a cogula/casula, uma espécie de túnica de sete varas, da qual o Padre José Luís foi revestido.
O Senhor D. Manuel dirigiu uma palavra de regozijo à assembleia, antes de terminar a celebração. Disse que Deus se dignou passar pela diocese da Guarda e chamar o Padre José Luís à vida contemplativa e que, embora o número actual de sacerdotes seja escasso, faz todo o sentido termos sabido partilhar a nossa pobreza, ajudando este sacerdote a ser fiel ao chamamento de Deus.
Foi uma festa das poucas que não têm como conclusão “um jantar de homenagem”.


Uma mesa provida do que os convidados quiseram partilhar, uma sopa da casa, confeccionada com todo o carinho, pão fresco apetecível e muito saboroso, bebidas e fruta variadas. Com a alegria com que todos os Irmãos nos acolhiam, qualquer coisa nos teria servido. Sentíamos vontade de repetir: Como é bom viver entre os Irmãos!
Tudo terminou com a oração de “Completas”, cantadas com uma devoção contagiante e com o cântico da Salvé Rainha, que todos
apreciámos.








INICIARAM OS ENCONTROS!

Foram já vários os encontros realizados, no âmbito do Plano Anual de Actividades da Liga dos Servos de Jesus. Desde o início do mês de Novembro, o Assistente da Liga, com algum dos membros do Conselho Geral, já esteve na Cerdeira, no dia 9, onde reuniu funcionários da Cerdeira e da Ruvina; no Centro de Acolhimento de S. João de Deus, no dia 12, na Guarda, com funcionários daquela Instituição e do Abrigo Infantil da Sagrada Família, da Sequeira. Seguir-se-ão mais dois encontros, dos quais daremos notícia oportunamente.
Houve aumento de conhecimentos, partilha de experiências, convívio... As pessoas vão-se consciencializando da necessidade de parar um momento, para pensar, já que, não se trata de máquinas, mas de seres humanos que têm necessidade de dar uma orientação diferente ao seu trabalho, pois são dotados de corpo e de espírito.
Bem vistas as coisas, estes momentos são sempre positivos. Por isso, apelamos aos que se preocupam para que eles aconteçam, que não se sintam desmotivados, que continuem a lançar a semente. A seu tempo ela germinará. A chuva actuará na hora exacta ou o vento a transportará para terras mais férteis, se esse for o caso. Nunca será um trabalho inútil!
Os encontros de Servos Externos também estão a ser concretizados. Ocorreu já o da Cerdeira, o do Fundão. O do Outeiro de S. Miguel é hoje, dia 15.
O grupo da Cerdeira foi bastante reduzido. Mas não dizia o Senhor D. João que por uma alma se vai até ao fim do mundo?
A equipa encarregada deste trabalho procura diversificar as estratégias, preparar os temas a expôr e lá anda numa azáfama constante para se assemelhar, o mais possível. às obreiras do enxame e se afastar da atitude dos zângãos, não vá acontecer que, querendo atrair mais para a colmeia, não vão elas ser excluídas, já que o Senhor D. João afirmava peremptoriamente: Na Liga, não quero zângãos, mas obreiras!
Realmente, têm uma grande responsabilidade!
Porém, podem contar com o feedback da oração dos que ficam em casa, os quais longe de se instalarem no seu conforto, devem rezar e fazer sacrifícios pelos que se deslocam de terra em terra. Grande será o peso na consciência, se assim não fizerem!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

REFLECTIR, COM OS SANTOS DA LIGA!

Santos de Liga dos Servos de Jesus,
O vosso exemplo a todos nós seduz;
Cair no marasmo é tão fácil, porém,
Que bem afastados estamos do Além.

Queremos, juntinhos, lutar, com denodo
E levar a Cristo este mundo todo;
Foi do Fundador a principal meta,
Mas voou para o céu, sem a ter completa.

E, como herança, nos deixou, depois,
Trabalho intenso para os nossos sóis;
Mas somos tão fracos, seja como for,
Que não conseguimos nada de melhor.

Sua vida santa nem tudo mudou,
Nós tão imperfeitas, com o que ficou;
Bem poucos seguiram o seu nobre exemplo,
E por culpa nossa, falta de talento.

A Obra é de Deus, para continuar?
Por vezes, parece que vai soçobrar!
Com entusiasmo, prosseguem alguns,
Mas, valha a verdade, são pouco comuns.

Contudo, a batalha há-de ser vencida,
Pois que, sem sentido, seria tal vida;
Se é para o Reino que nós trabalhamos,
Dobremos esforços, acima de humanos!

Pois, os nossos Santos com desejo estão,
De mover o arado, até que dê pão;
E, se em nós surgir a vontade forte,
Vamos conseguir rumar, rumo ao norte!

São mais numerosos os que estão no céu,
Do árduo trabalho, paga Deus lhes deu;
Agora, com tempo, eles velam por nós,
Ouvem claramente nossa débil voz.

Levai, por favor, nossas orações
A Deus, a pedir santas vocações;
Não terão valor, mas com vosso tom,
Talvez nos mereçam tão sublime dom!

domingo, 25 de outubro de 2009

REUNIÃO DOS CONSELHOS COORDENADORES, COM A EQUIPA VOCACIONAL E AS DELEGADAS!

Conforme consta na calendarização das actividades da Liga, para o ano pastoral 2009/2010, realizou-se, hoje, o primeiro encontro da “equipa vocacional”, com as delegadas (uma por comunidade) e os Conselhos Coordenadores dos Servos Externos e das Servas Internas, no Outeiro de S. Miguel.
Ambiente imbuído do odor de santidade de D. João de Oliveira Matos, que muito bem reflecte a maneira como as Irmãs que ali vivem acolhem quem por lá passa, é o local ideal para estes encontros.
Presente estava a nossa missionária, ainda em férias, mas sempre a mourejar, adiantando-se no desempenho de qualquer tarefa, acrescida à comunidade, devido aos visitantes, e “orgulhosa” por nos poder apresentar o seu futuro pároco, em Angola, o Padre Ferreira, que antecipadamente as adoptou como paroquianas, tirando-lhes do caminho o maior número de pedras possível, para que tudo lhes possa “correr sobre rodas”, na vida do dia a dia, e, sobretudo, nos trabalhos apostólicos. Bem haja, Senhor Padre Ferreira! Afinal, tudo é missão!

A actividade iniciou-se com uma invocação ao Espírito Santo e uma curtíssima reflexão sobre os escritos do Senhor D. João. A introdução ao tema: "AS VOCAÇÕES", foi feita pelo ilustre visitante, já referido, que nos deixou bastante animadas quanto às probabilidades que as nossas Irmãs, em Angola, têm de ajudar jovens a prestar atenção ao chamamento de Deus. Eles são, realmente, numerosos e mostram-se sedentos e cheios de boa vontade. Escasseiam os meios para se lhes proporcionar formação humana que sirva de alicerce para posterior formação espiritual e religiosa.
Admirável é o exemplo que o pároco lhes transmite. Para estar mais próximo do povo, que dele carece de verdade, dispõe da Sacristia da Igreja, como alojamento. E não se mostra preocupado com esta questão, antes faz esforço para melhorar as condições do espaço físico da igreja e do seu equipamento. Observa a azáfama dos que se deslocam, a pé ou de bicicleta, de grandes distâncias para participarem na Eucaristia, frequentarem alguma escola, ou comercializarem produtos e assim lutarem pela sobrevivência. A paróquia tem dimensões semelhantes às de algumas dioceses de Portugal.
Entre as ajudas que já proporcionou às Irmãs, é de referir a aquisição de um terreno, de dimensões bem maiores do que um outro que tinham em vista, para a construção de instalações próprias, pois estão a viver numa casa cedida pelas religiosas do Amor de Deus. Pensando que se tratava de uma grande área, ao ver o espaço do Outeiro de São Miguel, ficou surpreendido! Quantas vezes caberia o de Angola no Outeiro de São Miguel?
Mas não podemos ser ambiciosos nas coisas materiais! "Devagar, se vai ao longe!"
E nós cá, o que vamos fazer?
O Senhor D. João quer que os Servos sejam:
- Almas eucarísticas;
- Discípulos de Jesus, na vida de cada dia;
- Amem a Igreja (tornar cada aldeia um convento).
Vamos tentar despertar nos jovens um grande entusiasmo para conhecerem e seguirem Jesus Cristo. Não podemos ter medo de os desafiar. Temos de ir ao seu encontro e não esperar que eles venham ter connosco. Este passo poderia nunca acontecer e a responsabilidade seria nossa. Sabemos que quem chama é Deus. Não tenhamos dúvidas. Mas nós temos de preparar as pessoas para ouvirem o chamamento.
Porém, após uma primeira reunião de sensibilização, não podemos abandonar o produto do nosso trabalho inicial. Compete a cada comunidade proporcionar novos encontros, inventar estratégias diversificadas para incitar à perseverança, à descoberta de novos caminhos. Deve haver alguém que dê continuidade ao projecto iniciado.
Estão também agendadas reuniões com os Servos Externos e simpatizantes, no sentido de com eles se fazer uma preparação mais intensa, em ordem a orientá-los para, no dia 6 de Fevereiro, os que assim o decidirem poderem fazer o primeiro compromisso. Já vários manifestaram esse desejo.
Terão no dia 23 de Janeiro um dia de retiro. No silêncio fala Deus!
No final, houve algumas informações, provenientes do Secretariado da Pastoral Vocacional, dos Jovens da Mensagem de Fátima, sobre acções que estão a ser desenvolvidas em ordem a uma melhor vivência do ano sacerdotal. Entre elas, destaca-se uma Adoração mensal, ao Santíssimo Sacramento, dinamizada pelas diferentes comunidades religiosas, leigos consagrados ou movimentos existentes na diocese.
Que o Senhor da Messe nos ouça e faça o que melhor for para a humanidade, que tão desorientada se apresenta!







quarta-feira, 14 de outubro de 2009

COORDENADORAS: (Novas e cessantes)


Dia 11/10/09

Governo da Comunidade Local

Uma Coordenadora deve ser uma mãe, promover a vida fraterna na Comunidade e cuidar de um modo especial da vida espiritual de todos os seus membros. Tem de amar as suas irmãs cordialmente, isto é, com o coração. Velar para que haja ambiente e horário para a oração. Não é só fazer obras, ou outras coisas. E a sua vida espiritual?
Deve ser uma vida comunitária a sério. Quando há reuniões devem ser bem preparadas. Pode delegar em alguém, mas tudo tem de passar pelo coração da Coordenadora.
Tem de zelar pela fidelidade ao Carisma da Liga e à observância das Constituições, estar atenta à pobreza, aos anos que deve ser Coordenadora. Se a própria não cumpre, vai ser difícil levar as outras a cumprir...
Se existem na Comunidade elementos difíceis, se ficaram na Liga e não deviam, não se podem mandar embora, agora, que já estão indefesos.
A Coordenadora deve animar a Comunidade, deve ter espírito criativo, inovador.
Tendes o exemplo do vosso Fundador. A maneira como ele viveu é uma riqueza!
As Constituições são para rezar e meditar. Há nelas muita teologia do Carisma e da Igreja.
A vivência da castidade deve levar as Coordenadoras a serem mães, não só dos membros da mesma, mas do mundo inteiro! Confere-lhes, portanto, o dom de uma maternidade universal!

FORMAÇÃO (cont.)

As Constituições: Pobreza e Castidade

As Constituições não deviam ser um aguilhão para nos ajudarem a cumprir fosse o que fosse, mas antes uma norma que nos alertasse para algum exagero, lembrando-nos, por exemplo, que “mais casto do que isto não é necessário”; Deviam ser o corrimão em que nos apoiamos, o auxiliar poderoso para nos levarem a pôr em prática as normas ali prescritas.
O importante no cumprimento de normas é a paixão por Jesus Cristo, que deve imperar no nosso coração, e o desejo de O imitar.
A prática de qualquer virtude tem de brotar do coração e dali estender-se a todo o ser.
Para se ser casto, não basta observar o 6º e o 9º mandamentos. Podemos viver estes e ter o coração adulterado.
O que significa ter o coração adulterado? Estar apegado a uma amizade doentia, a nós próprios, ao carro, ao dinheiro, ao nosso espaço, às nossas coisas, ou até à casa onde trabalhamos. Quanto mais eu viver a pobreza e a castidade, mais livre sou.
Não temos votos, mas o compromisso de viver os Conselhos Evangélicos é caminho de libertação. Os tipos de adultério referidos ferem mais a Deus do que uma falha na castidade.
O capítulo da pobreza é sempre o mais difícil de cumprir. Cada um tem a sua maneira de o interpretar.
Queremos ser Cristo visível. As pessoas (famílias, alunos, professores, funcionários), quando olham para nós, vêem Jesus Cristo?

Obediência

Jesus não só obedeceu ao Pai, mas aos homens: obedeceu à Sagrada Família, aos Romanos, à Lei. E fê-lo, porque via nisso a vontade do Pai, via-O presente em tudo.
No Horto das Oliveiras, Jesus disse: “Pai, faça-se a tua vontade, não a minha”. Isto prova que a vontade de Jesus, se fosse independente da do Pai, não era a de sofrer e morrer. Dispõe-Se, por isso, a fazer a do Pai e a esquecer a sua. Jesus é obediente até à morte. Obedecer exige, para nós, a morte do nosso eu.
Jesus obedece, porque ama o Pai e não quer outra coisa senão fazer a sua vontade.
Obedecer à Coordenadora é obedecer ao Pai. O Espírito Santo assiste quem manda, mas também quem obedece, actua nos súbditos. Se os Coordenadores não ouvem o que diz o Espírito através dos súbditos, podem pecar contra o Espírito Santo. Daí, a importância do diálogo. Saibam, contudo, que a última palavra é a da autoridade!
Para a prática da obediência e das demais virtudes, é imprescindível ter vida de oração. As Servas são “mulheres” de oração pelo carisma que lhes legou o Fundador. O trabalho também é oração, mas não substitui os momentos específicos que à oração devem ser dedicados. Lembremo-nos da meia-hora diária de adoração, diante do sacrário, e mantenhamo-nos fiéis a essa prática.
Maria é modelo de oração. Paulo VI apelidava-A de virgem dada à oração.
Hoje, a alma do mundo está doente! Cada vez mais, a nossa vida de oração tem razão de existir. Temos de contrabalançar com as desordens do mundo actual.

Configuração com Cristo

Temos de fazer esforço por nos configurarmos, cada vez mais, com Cristo. Esta configuração passa, sobretudo, pela caridade. Se Deus é AMOR, Jesus é o amor feito carne. Quanto mais nos amarmos, mais nos configuramos com Jesus. “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”, diz S. João.
O texto das Constituições exorta-nos a viver o amor como S. Paulo o define: paciente, serviçal, benigno, não se irrita, não julga mal… O amor de Jesus é uma paixão pelo Pai e pelo mundo. Jesus ama os Zaqueus, as Madalenas, os ladrões… Isto escandaliza os fariseus.
Nós não conseguimos tanta proximidade a este amor de Jesus, porque “trazemos o tesouro em vasos de barro”, mas devemos tentar, por todos os meios ao nosso alcance, aproximar-nos dele o mais possível.
As Constituições insistem em algo muito importante: ir descobrindo em cada pessoa a imagem de Jesus Cristo. “Diante de quem sofre, devíamos estar de joelhos, como diante da custódia”, dizia a Madre Teresa de Calcutá, porque é Jesus que sofre.
O trabalho que fizermos em cada hora pode ser considerado uma “hora santa”, desde que seja com verdadeiro espírito. Estivemos com Jesus Cristo, uma vez que cada irmão é Jesus Cristo.
Sendo a caridade a virtude mais excelente, vivamos todos em caridade!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MUDANÇAS!

Foi um passo em frente!
Muita oração, por parte dos responsáveis, muita generosidade das Servas que foram contactadas, muita prudência da parte de todos. Foi algo surpreendente e edificante.
Partindo do princípio que "quem se muda, Deus o ajuda", acreditamos que vamos fazer progressos na vida comunitária, pois teremos ideias novas a orientar-nos, pessoas que aceitaram, na obediência, cargos de responsabilidade, nos quais, acreditam, vão ter Jesus ao leme e Maria como timoneira. Não é querer poupar-se a trabalhos, mas sim dispôr de uma ajuda eficaz e que não permite falhas, caso se esteja disposto a colaborar, e a agir com humildade.
Na comunidade da Cerdeira, aceitámos a nova Coordenadora, com alegria e estamos dispostas a colaborar com ela.
Para mim, pessoalmente, foi como se o mundo se transformasse numa bola de esferovite e de pequenas dimensões. Não sei se era vontade de fugir da cruz, espero que não. Mas caso tal estivesse no meu subconsciente, peço a Deus o favor de não me fazer encontrar outra, ainda mais pesada. Que o seu peso seja, ao menos, proporcional às minhas forças e não tenha de a carregar sem a sua preciosa ajuda.
À nova Coordenadora desejo muito sucesso.
Publico a mensagem que lhe entreguei, no momento da nomeação:
À Minha Coordenadora!...

É parte da minha cruz,
Que, ora, transfiro para si;
O seu peso só reduz,
Se a levar com Jesus,
Como eu fiz até aqui.

Maria não está de fora:
Faz parte de uma cadeia,
Activa, em cada hora;
Atende-nos, sem demora:
Entre Cristo e nós, medeia.

De lançar a mão ter medo,
Ao arado da missão? Isso não!
Sabemos bem o segredo,
Que, mais tarde, ou mais cedo,
Nos liberta da aflição!

Antes de agir, muito orar
E manter-se disponível.
O amor sempre no ar,
Atenta a todos estar:
Atingirá alto nível!

Sei que eu não fazia assim,
Bem longe disso, afinal!
Era difícil para mim,
Da humana fraqueza vim:
Nunca fui o ideal!

domingo, 11 de outubro de 2009

FORMAÇÃO

ESTA NÃO FOI COMO AS OUTRAS!...
Mais uma vez o Padre Dário. Até foi apelidado de "pai" das Constituições, pois foi um grande auxílio para a redacção das mesmas, na primeira Assembleia-Geral que as Servas Internas realizaram e que deu início a uma dinâmica diferente, na Liga dos Servos de Jesus.
Quem melhor do que um pai conhece o filho que é carne da sua carne?
É verdade! O Senhor Padre Dário conduziu-nos a uma reflexão muito séria sobre o texto que contém as normas que nos regem. E aconselhou-nos a lê-lo e a rezá-lo com muita frequência. Admitamos que nem sempre o temos feito, pois descobrimos nele coisas maravilhosas que nos ajudam a ser verdadeiras Servas de Jesus!
O dia começou com a oração de Laudes. Sendo sábado, mês de Outubro e atendendo a que a santíssima Virgem é Padroeira da Liga, optou-se por rezar o comum de Nossa Senhora.
E foi com entusiasmo que se entoaram salmos. cânticos e hinos.
Passou-se, de imediato, ao auditório.
O Assistente Geral saudou cordialmente o P.e Dário, ao qual atribuiu um coração quase universal, que tanto tem contribuído para "acertar agulhas" no ritmo das Instituições da Igreja.
Passou-se à apresentação do Tema: II Parte das Constituições-Servos Internos
CAP I-Comunidade
A vida fraterna:
Nos primeiros números, encontram-se fundamentos bíblicos e teológicos.
Teológico:
Uma Comunidade deve ter como modelo a SS. Trindade que faz com que três sejam um só e que vivem em:
AMOR COMUNHÃO SERVIÇO
Bíblico:O texto remete-nos para a Comunidade primitiva, descrita nos Actos dos Apóstolos: "Tinham um só coração e uma só alma".
Estes dois pilares devem nortear a nossa vida comunitária.
Sem vida comunitária não atrairemos novas vocações, porque não há verdadeiro AMOR e o amor é o hímen que atrai. O amor gera paz, concórdia, estima fraterna, o carinho que temos umas pelas outras.
Viver em amor fraterno significa viver como irmãos. Ter delicadeza, ternura no trato, estima mútua. Somos diferentes, temos origens e culturas diferentes, temperamentos diferentes, mas temos de nos estimar como verdadeiras irmãs, apreciar as maravilhas que cada uma já fez na sua existência, para vivermos à maneira dos primeiros cristãos e os que nos observam poderem admirar-se e exclamar: "Vede como elas se amam!"
A vida fraterna adquire-se na Eucaristia, que não é só um acto de piedade. Dizia João Paulo II que a eucaristia é a escola da caridade. Jesus dá-Se todo, para que eu, ao sair da capela, me dê toda. É o lume, o centro, o nosso tesouro, a nossa pérola.
Jesus vem ao meu coração, dá-Se a mim, transforma-Se em mim, para que eu me dê aos outros, às Irmãs, a toda a gente, para que todos estejamos unidos. Ao olharem para nós, as pessoas devem ver Jesus Cristo na nossa estima mútua, na ajuda. Cada uma deve ser ícone dessa família que é a SS. Trindade.
Depois da Bíblia, as Constituições devem ser, para nós, o primeiro livro.
Na comunidade deve existir também a capacidade de reconciliação e de perdão.
Conselhos Evangélicos:
O mais importante, neste ponto, não é eu ser casta, obediente, pobre, é seguir Jesus Cristo, casto, obediente e pobre e ter desejo de O imitar. Jesus fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza, como diz a Epístola aos Coríntios. Enquanto Jesus não for a paixão do meu coração, eu não serei nem casto, nem pobre, nem obediente.
Com estas considerações tão sabiamente apresentadas, tivemos de nos render à evidência, admitir que o texto das nossas Constituições é muito rico e assumir que não o temos lido e rezado convenientemente. Claro que cada uma se propôs continuar o estudo e a oração/reflexão que o texto merece, vivê-lo o melhor possível, para nos transformarmos no tão necessário hímen que há-de atrair novas vocações.
Após a primeira parte do Tema, celebrou-se a Eucaristia.
Optou-se pela Missa Votiva de Nossa Senhora, no sábado. Na homilia, o Presidente salientou o Sim de Maria, sim total e radical. Ofereceu o Justo como sacrifício e adoptou como filhos os homens pecadores. Maria foi sempre a pobre de Nazaré e não a Senhora "D. Fulana tal". Mãe do Carpinteiro de Nazaré, deu o seu SIM para sempre e cumpriu sempre a sua palavra.
Antes do Ofertório, deram graças por 50 anos de Consagração algumas Irmãs, que, à imitação de Maria, deram o seu sim a Deus, na juventude.

Seguiu-se um almoço de confraternização, servido sem qualquer indício de crise, e cantaram-se os parabéns às jubiladas, enquanto se partia o bolo, confeccionado a perceito para o evento.

Estava entre nós uma das nossas missionárias, que espelhava o entusiasmo da primeira hora e parecia querer contagiar-nos a todas, com o fogo que lhe ardia lá dentro!...