sábado, 11 de outubro de 2008

FOI DOUTRINA SÃ E OPORTUNA

Este foi, essencialmente, um dia de oração. Tudo aconteceu de acordo com o programa delineado na notícia de ontem.
O orientador fez questão de nos colocar em sintonia com o Sínodo dos Bispos, a decorrer nesta altura. Porém, na "Hora Intermédia", a leitura levou-nos a meditar na situação concreta actual das comunidades da Liga dos Servos de Jesus: "Suportai os fardos uns dos outros ..." De facto, já pouco mais conseguimos fazer, pois a fase etária em que se encontra a maioria dos membros internos da Liga, agravada pelas múltiplas doenças que nos atingem, as quais são, em grande parte, consequência directa dessa mesma idade, não dão para muito mais. Mas é que nem sequer podemos dizer: "hoje tu, amanhã eu", uma vez que as idades são muito próximas. Cada um deve pensar que já é incomodativo para os outros, em vez de se queixar que os outros o incomodam.
É uma realidade que nem nos custa aceitar, de tão evidente! E temos de o fazer de forma discreta, pois é bom mostrarmos uma cara alegre, em que se espelhe o "rosto" de Deus, de uma alegria que seja fruto da opção que fizemos um dia, já há uns tempos atrás, conscientemente, que nos proporciona uma paz indizível, e da qual não podemos arrepender-nos. E foi tomada para o bem e para o mal, tal como acontece com os noivos no compromisso do matrimónio: "amar e respeitar na prosperidade e na adversidade, na tristeza e na alegria, na saúde e na doença... todos os dias da nossa vida". Felizes de nós, se conseguirmos ser fiéis aos compromissos assumidos!
Mas precisamos de atrair vocações, ou melhor, precisamos de trabalhar e rezar muito para que novas vocações se sintam atraídas por Deus e para Deus, na vida de consagração.
No tema apresentado - A Palavra de Deus - constatamos que estudamos pouco a Bíblia. Temos de estar cada vez mais agarrados à Palavra de Deus, "apprendre par coeur", para do coração brotar com o desejo de se viver com entusiasmo.
No estudo da Bíblia, devemos aplicar este método:LER (ver o que Deus nos diz), REZAR (entrar em Deus), MEDITAR (pensar no que lemos), CONTEMPLAR (parar, para sossegar). Devemos, ainda, tirar dela Inspiração, Discernimento, Propósito e Acção.
Resumindo: Ouvir Deus e responder-Lhe.
Tudo o que está escrito na Bíblia é de inspiração divina. Só a Sagrada Escritura pode instruir em ordem à salvação e todos os que quiserem viver a fé em Cristo Jesus serão perseguidos, até pelos que vivem ao seu lado.
Na Bíblia, encontramos normas de vida a seguir: Não há aborto, porque o mandamento diz: "Não matarás"; Não há divórcio, porque diz: "O que Deus uniu não o separe o homem". O não cumprimento destes preceitos leva à desordem social em que hoje se vive. O mundo mais parece a vinha da qual o Senhor já retirou as sebes e na qual já ordenou às nuvens que não deixassem cair água, para que seja completamente devastada. E se Deus já teve paciência, tolerância e compreensão com esta vinha!...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

INÍCIO DAS ACTIVIDADES DO QUADRIÉNIO 2008/2012:

Após um breve esquema de planificação, vão ter início, amanhã, dia 11 de Outubro, na Casa Berço da Liga, no Rochoso, as actividades que se costumam realizar em comum, isto é, com participantes de todas as comunidades e Servos Externos. É um dia de reflexão e oração, individual e comunitária.
Começará com a "Hora Intermédia", à qual se seguirá a apresentação de um tema de reflexão, pelo Pe Eugénio da Cunha Sério, com espaço aberto para partilha de ideias. Para alguns membros, este será o primeiro encontro com a nova Coordenadora Geral, depois de empossada no cargo, o que quer dizer que vai ser mais um dia de festa em família.
Haverá um almoço convívio, na Casa de Trabalho Jesus Maria e José, pelas 12:30 horas, já que a esta comunidade cabe a organização do encontro, e um breve intervalo recreativo.
Pelas 14:00 horas, será celebrada a Eucaristia, solenizada, para ser vivida com mais entusiasmo. Depois da celebração, haverá uma hora de adoração com o SS. Sacramento, solenemente exposto, após a qual se realizará o envio de todos os participantes para as suas casas.
Todos esperamos vir mais ricos espiritualmente e com mais vontade de trabalhar na vinha do Senhor, pois nota-se que os ânimos andam um pouco abatidos e é, precisamente, na oração que nos devemos encher de Deus, esse Deus que alegrou a nossa juventude e há-de alegrar a nossa terceira idade. Assim nós confiemos n'Ele e O tenhamos sempre em primeiro lugar na nossa vida, nas nossas actividades, nas nossas opções e O vejamos em todos e em tudo o que nos rodeia!

domingo, 5 de outubro de 2008

OUTUBRO, MÊS MISSIONÁRIO!

Às Nossas Missionárias:

Ânimo, Missionárias!

“Calçai os pés com o zelo pelo Evangelho da paz”,
Grande recompensa é tê-lo, pois o resto Deus o faz!

Para Deus almas atrair, essa é a recompensa;
Que Se dá a conhecer, sentir, gera uma paz imensa!

Trabalhai com entusiasmo, não conheçais desalento,
Nem vos invada o marasmo, pois Satã está atento!...

Que vos renda o sacrifício, mais do que os cem por um,
Já que esse precioso ofício tem em vista o bem comum.

Este é aquele mês em que mais, a vós, estamos unidas;
Mais uma vez vislumbramos paralelas nossas vidas.

Vós desse lado, nós deste, somos um só coração;
Trabalhos e mais que reste, direitinhos, para aí vão.

Não os sentireis, talvez, porque não vão para vós,
Na orquestra que Deus fez ressaltará nossa voz.

Por cá, a nossa missão de vento em popa não vai,
Apetece dizer não aos apelos de Deus Pai.

Mandai-nos o feed-back desse zelo que vos queima:
De obras é vasto o leque, mas só consegue quem teima!

Escasseiam os recursos e falha a confiança?
Temos, porém, bons percursos e quem tenta muito alcança!

Se Deus quiser traduzir em AMOR o que fizemos,
Somos ricos, no porvir, possuímos bens eternos!

Olhai, Servos de Jesus, que connosco já vivestes:
Não tem valor, esta cruz, lá nas moradas celestes?

Oh! Se tem, se alto estais, aí, juntinho de Deus!…
Por que razão esqueceis os de cá, que são tão seus?

É dúvida, não certeza, requer esclarecimento,
Mas causa-nos estranheza não vos sentir cem por cento.

É, por certo, nossa fé que não é suficiente:
Esqueça Deus, que Pai é, o pecado desta gente!...

E Maria, que invocamos como nossa padroeira,
Ouça o que suplicamos, esteja sempre à nossa beira!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

CONCLUSÕES DAS JORNADAS

Após análise criteriosa do trabalho realizado em grupos, pelos participantes nas Jornadas Diocesanas de Pastoral, publicam-se as seguintes conclusões, já apresentadas ao Senhor Bispo.
Conclusões:
Nos dias 26 e 27 de Setembro, no Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos, na Guarda, reuniram-se duas centenas e meia de cristãos (Sacerdotes, agentes de Pastoral e membros da Liga dos Servos de Jesus e da Família Blasiana), para reflectirem sobre a actualidade dos Servos de Deus, D. João de Oliveira Matos e Mons. Joaquim Alves Brás, e delinear os principais desafios pastorais que, dos respectivos carismas, se colocam à Igreja Diocesana e às comunidades cristãs. Os grupos reflectiram e tiraram as seguintes conclusões:

1. Santidade/Baptismo
A vocação à santidade ocupou na vida dos Servos de Deus o primeiro lugar, quer na sua vida pessoal, quer nas Obras por eles fundadas. Quanto a nós, a santidade deve promover, a nível comunitário, uma vida mais intensa de comunhão com Deus. A nível individual, a santidade consiste em viver na graça de Deus, fazendo a sua vontade, e em amar o próximo.
Os Servos de Deus são para nós modelos de oração, escuta da Palavra, humildade e serviço aos mais pobres. Ser santo é fazer do ordinário o extraordinário.

2. Missão dos leigos na Igreja
As paróquias não têm a devida preocupação com a formação cristã dos leigos. Há a preocupação com a iniciação cristã das crianças e, em algumas paróquias, aposta-se na formação cristã dos adultos.
A crise de fé que hoje atravessa a Igreja tem também o seu fundamento na falta de formação dos leigos.
É, pois, necessário formar os leigos para, em conjunto com os párocos, assumirem a missão da Igreja. Para isso, é muito importante existirem planos de formação para leigos a nível arciprestal e paroquial. É a hora dos leigos assumirem o seu Baptismo, de se envolverem na vida das suas comunidades e de tomarem iniciativas, nos vários campos de apostolado.

3. Eucaristia
Os Servos de Deus colocaram a Eucaristia no centro das suas vidas e das suas Obras. Este parece-nos ser o maior desafio colocado hoje às nossas comunidades cristãs.
Apesar de termos dado passos muito positivos na formação litúrgica, nota-se, ainda, a falta de uma formação de base em muitos cristãos, sobre o valor da Eucaristia. Torna-se necessário, por isso, uma preparação cuidada da Eucaristia dominical. Deve dar-se uma atenção especial à participação das crianças e dos jovens na Eucaristia. Ao mesmo tempo que formamos as crianças da catequese, devemos também ajudar os pais a participarem, mais conscientemente, na Missa do Domingo.

4. Virtudes humanas e cristãs
Para superarmos o divórcio entre a fé e a vida, um dos maiores dramas do nosso tempo, devemos inspirar-nos na vida dos Servos de Deus. Eles souberam unir a contemplação e a acção, através de um amor intenso aos mais necessitados, vendo neles o próprio Deus. Foram homens de uma grande humanidade, manifestada nas virtudes da caridade, da humildade, amor à verdade, da simplicidade e de uma entrega, sem reservas, a Deus e ao próximo. Para eles, o amor a Deus era inseparável do amor ao próximo.

5. Sentir com a Igreja
Sentir com a Igreja é viver numa comunhão intensa com os seus pastores, ajudar a mesma Igreja a renovar-se, a converter o negativo em positivo, a ter a consciência de que a Igreja é a casa comum de todos os baptizados.
Para isso, exige-se disponibilidade na missão da Igreja, ser testemunha de Cristo, viver com simplicidade, empenharmo-nos na vida das paróquias, mostrar que nos amamos à maneira dos primeiros cristãos. O serviço aos mais necessitados (pobres e doentes) deve caracterizar a vida das comunidades cristãs.
Nesta consciência de sermos Igreja, não devemos esquecer os que não acreditam ou se afastaram da vida cristã. Eles interpelam-nos a intensificar o nosso testemunho cristão e a descobrirmos caminhos novos de evangelização.

6. Família
Constatamos, na nossa sociedade, uma mentalidade cada vez mais hostil à família, tal como a entendemos e como a Igreja a defende: “comunidade de vida e de amor”.
É necessário remar contra a corrente através da formação dos noivos e do apoio aos jovens casais. Sentimos as dificuldades das famílias de hoje (emprego, casa própria, educação dos filhos...) e pensamos que as nossas paróquias e demais instituições têm ainda muito a fazer na pastoral familiar.
A família deve ser um dos campos prioritários da nossa acção pastoral. Nela devemos investir os melhores recursos, porque a família está presente em todos os âmbitos da vida da sociedade e da Igreja.

7. Os retiros
Foi unânime a opinião de que os retiros são momentos fortes de encontro com Deus, connosco e com os outros. Os retiros devem ocupar na nossa vida, tal como em D. João e Mons. Brás, um lugar central. Os retiros são momentos de formação, de revisão de vida e de discernimento vocacional, quer em ordem à consagração quer em ordem ao matrimónio. Devíamos intensificar na nossa pastoral os retiros a todo o povo de Deus. Os retiros são um meio eficaz de apostolado e de aprofundamento do mistério de Deus e do homem.

8. Vocações de Consagração
O melhor meio de promoção vocacional é o testemunho alegre e generoso de uma vida entregue ao serviço de Deus. Devemos ajudar as famílias a apreciarem e ajudarem a crescer as vocações de consagração, nascidas no seu seio. A catequese das crianças e, sobretudo, a dos jovens, são momentos muito importantes para este despertar vocacional.
A valorização do ministério sacerdotal passa por ver nos sacerdotes “outro Cristo”, colaborarmos com eles nas várias iniciativas de apostolado, rezarmos por eles e reconhecer que o sacerdócio ministerial é constitutivo da missão da Igreja.
O testemunho de entrega e abnegação dos sacerdotes é fundamental para um despertar vocacional nas comunidades cristãs. Eles próprios são, pela sua vida e pela sua palavra, agentes privilegiados desta nova cultura vocacional que é necessário intensificar na vida da Igreja.

9. Catequese e Apostolado
A Palavra de Deus deve ocupar o primeiro lugar na iniciação cristã. A formação, a todos os níveis, é uma urgência do nosso tempo. A formação supõe, antes de mais, uma vida coerente com o Evangelho e a necessidade de promovermos os mais variados itinerários formativos para todas a idades. Ser apóstolo é constitutivo da vida cristã.
A vida cristã nas paróquias, na formação e na prática da fé, precisa, cada vez mais, do contributo da vida consagrada e dos movimentos laicais, através de uma colaboração recíproca.
Os campos prioritários na vida de apostolado são a família e os jovens.

Guarda, 27 de Setembro de 2008.aprovadas: