segunda-feira, 31 de março de 2008

O SR D. BENEDITO ESTEVE ENTRE NÓS...

Eis como se denomina este Bispo angolano que, tão numerosas vezes, vai em nome do Senhor, onde quer que a sua presença lhe pareça útil e necessária, sem qualquer hesitação!...
E, como o prometido é devido, cá estou para dar as notícias, desta visita episcopal, já anunciada, à nossa casa.
Foi uma visita simpática. Conhecíamos sua Ex.cia Rev.ma somente por fotografias, tínhamos sido informadas da sua capacidade de bem acolher e bem conviver e eram pistas suficientemente apelativas, para despertarem em todas nós o desejo de um mais personalizado conhecimento, que se concretizou mais cedo do que contávamos. Mas foi bom.
Muito espera do nosso trabalho apostólico na sua diocese que, segundo ele, tem capacidade para acolher todas as comunidades, religiosas ou leigas, que queiram dedicar-se ao serviço do Reino, ainda que sejam numerosas. Nela existem já inúmeros crentes que precisam de alimentar a sua fé e outros com necessidade de quem lhes aponte o verdadeiro caminho.
O Senhor D. Benedito é acessível.
A sua presença não intimida.
Foi para nós motivo de alegria pascal!

Nós vimo-lo assim:

Recebemos em casa o Sr D. Benedito,
Que considerámos bastante expedito;

Muito apreciámos a sua presença,
Encheu-nos a alma de alegria imensa;

Arde-lhe no peito o amor à Missão
E a ninguém consegue responder um não.

Ele tem a seu cargo um milhão de almas,
Por isso, é difícil gozar de horas calmas.

Muito gostaria de ser ajudado,
Conta que mais gente labore a seu lado.

Explicou que aqueles que já não podem ir
Têm, mesmo assim, uma missão a cumprir:

Estar na retaguarda é muito importante!
Já que é pela oração que tudo vai por diante.

É bom, Senhor Bispo, manter esse zêlo!
Quase nos contagia, pois dá gosto vê-lo.

Que a Liga espalhe aí boa semente,
Terá quem a siga, não faltará gente.

De ser dos omissos tenho muita pena...
Estou na retaguarda, mas força pequena.

A multiplicação, queira Deus usar,
Sempre que a Missão de mim precisar.

E que vigilante a manter me ajude,
Sem estar distante, nesta vida rude...

domingo, 30 de março de 2008

NOTÍCIAS

Terminou no dia 29, após o almoço, o primeiro retiro da Liga, programado para este ano. Foi a comunidade do Outeiro de São Miguel o local de acolhimento do grupo, que ainda foi bastante numeroso. Como agora estamos todas com tendências missionárias, uma inovação introduzida nos nossos hábitos, recentemente, foi precisamente um padre missionário o convidado para orientar.
Antes de prosseguir, cabe-me explicar que o termo inovação pode não ser preciso, já que há quem aperceba nos escritos do Sr D. João uma forte vontade de ver as Servas nas missões, o que nunca lhe foi dado concretizar.
Continuando a falar do retiro, não foi difícil observar o entusiasmo de quem teve a graça de o fazer. O Sr Pe Manuel Jerónimo, dos Missionários da Boa Nova conseguiu transmitir, com alguma sabedoria e simplicidade, a mensagem que cada retirada precisava de ouvir e assimilar, para proceder a algumas reformulações na sua vida de união com Deus, na correcção dos seus defeitos e na prossecução do seu aperfeiçoamento espiritual e humano.
Ouvia-se, quase em segredo, comentar: Como é que, sendo este sacerdote oriundo das nossas terras, só agora lhe descobriram o talento?
É verdade que o Espírito sopra onde quer, como quer e quando quer, por isso, a resposta é evidente. Também convém acrescentar que o Sr Padre Jerónimo tem passado longos períodos da sua vida fora de Portugal, o que limita, de certo modo, a sua disponibilidade para este género de actividades.
Lá estavam as nossas futuras missionárias a pensar que os meses de espera pela partida são tão longos, que parecem infindáveis. Compreende-se. Receiam que o entusiasmo se vá desvanecendo...
Mas não, não tenham medo. Há-de crescer cada vez mais. Até o sacrifício da espera vai contribuir para que a vontade de ir trabalhar nessas terras seja cada vez maior. Rezem, rezem muito. Nós também as acompanhamos. Sem Deus não fazemos nada. Não tenhamos ilusões! Ele é que se serve de nós como instrumentos seus. Sigamos as suas orientações, na pessoa de quem Ele coloca no nosso caminho.
No final do retiro, houve uma reunião do Conselho Geral com as Coordenadoras locais, para se fazer o ponto da situação, em relação ao Plano de Actividades da Liga e referir algumas datas importantes a não esquecer.
Foi também dito que íamos receber a visita do Sr Bispo que tão bem acolheu, em Angola, a Srª Coordenadora Geral e o Sr Assistente da Liga e foi-nos pedido que o tratássemos o melhor possível, já que é um representante de Deus.
Informarei, mais tarde, os frequentadores deste blogue, sobre essa anunciada visita. Neste momento, o Sr Bispo já está na Guarda.

segunda-feira, 10 de março de 2008

MEDITAÇÃO

Jesus em casa de Simão


E tendo Jesus entrado
Na cidade de Simão,
Por ele foi convidado,
Para tomar a seu lado,
Uma qualquer refeição.

Eis que logo se aproxima,
Fruto de busca incessante,
Uma mulher, que se inclina,
De estatura assaz franzina,
E coração de diamante.

Tinha fé na divindade
Do Homem que queria ver;
Por falta de à-vontade,
Não tomou a liberdade
De à frente d’Ele aparecer.

Mas atrás, em posição
De quem da culpa ouve o grito,
Abre grande o coração!...
E o suspirado perdão
Mendiga, com ar contrito.

Olhos nos olhos, não via,
Que o jugo pesado era!
E o julgamento temia,
Mas chegara, enfim, o dia
Em que encontra quem espera.

E ajoelhou aos seus pés,
De cabeça mergulhada;
Buscara de lés a lés,
Quem da vida o revés
Perdoará, sem mais nada.

Treme, a pobre mulher,
Com receio do castigo,
De a tal se atrever
E pensa para consigo:
Que me irá acontecer?

Porém, intriga Simão,
Que para experimentar
Se é pura a sua intenção,
Ou se é um amor vão,
Fala, com imponente ar.

E a Jesus, de ignorante,
Se apressa a classificar:
“Não sabe quem tem diante,
Nem da sua vida errante;
Também se deixa enganar?”

“Simão, tu é que falhaste,
Omitindo os rituais.
Como queres que ela se afaste,
Sem perfumar, quanto baste,
Aquele a Quem ama mais?”

Jesus pensa tão diferente!
Ele quer perdoar, apenas,
E mostrar àquela gente,
Que julgar injustamente,
É de reacções terrenas.

Perdoa, enfim, à mulher
Sua culpa, seu pecado;
Ensina-lhe o bom viver,
O tempo que ela quiser,
Dos que lutam a seu lado.

O medo foi valentia,
Que a acompanhou ao Calvário;
Sua vida, dia a dia,
Junto da Virgem Maria,
Foi de dores, um rosário.

Como as mulheres do seu tempo,
Nunca o seu Jesus traiu;
Da sua morte o evento
Seguiu, em grande tormento,
Mas ressuscitado o viu.


domingo, 2 de março de 2008

Dia 1 de Março de 2008

Cumpriu-se o calendário, conforme previsto. De facto, não há tempo a perder, Julho aproxima-se a passos de gigante. É assim que acontece com este elemento, pelo menos ultimamente… É vê-lo passar, sem nos dar oportunidade para verificarmos se foi bem aproveitado. Precisávamos de estar mais atentas… Mas o tempo!...
Valha-nos a sorte que estamos a augurar para a Coordenadora Geral, cujo mandato vai ser reduzido em alguns meses.
Será um prémio?
E muito justo, já que, na minha óptica e não só, ela esforçou-se por dar o seu melhor. Quantas barreiras teve de ultrapassar e outras tantas de que nem conseguiu aproximar-se!
Este terreno é mesmo acidentado! Nada tem a ver com a Geografia com que estava tão familiarizada. Contudo, esse factor pode tê-la ajudado.
Não fora, entretanto, o Cartógrafo que escolheu e as linhas orientadoras teriam falhado.

Isto tudo para dizer que, como estava programado, tivemos connosco o Assistente da Liga e um membro do Conselho Geral, a Ir Adelaide, para nos ajudarem a reflectir sobre o documento elaborado pelo próprio Assistente com todo o Conselho, a partir das entrevistas efectuadas com as Irmãs das várias comunidades. A finalidade deste encontro era, em conjunto, discutir alguns assuntos, para que se fizesse luz, verificar se havia algo a corrigir ou a acrescentar, para, mais tarde, voltarem a reunir, burilarem o que for necessário e criarem um documento final que será a base de trabalho para a Assembleia.
Mais uma vez, o tempo urge!

A nossa comunidade foi bastante participativa, só não compareceram as doentes, que devem ter ficado a rezar para que o trabalho fosse realizado com alguma consciência e responsabilidade. O assunto é sério. Temos solicitado vocações ao Senhor da Messe, mas sabemos que é necessário preparar-lhes o campo de acção e prepararmo-nos para que surjam (quem dera!), ainda que com diferentes modos de ver as coisas, isto é, com uma visão tal, que seja possível adaptarem o carisma do nosso Fundador às necessidades actuais da Igreja, sem lhe serem infiéis e tendo sempre em vista, em tudo, a maior glória de Deus.
Não houve tempo para finalizar o trabalho antes do almoço, ao qual demos um ar de alegre convívio, até porque faria anos o Senhor D. João e a Senhora D. Alfreda, se ainda estivessem entre nós.
Após a refeição, e porque outros trabalhos esperavam os visitantes, retomámos as questões que faltavam, rezámos a oração a pedir a beatificação do Servo de Deus, agradecemos a visita e a colaboração e partimos para as nossas actividades.
Era sábado!…

Outros membros do Conselho orientaram, em simultâneo, outros encontros, de idêntico teor, em várias comunidades. Não há descanso possível, nem aos fins de semana!

Deus abençoe todas estas azáfamas, cuja finalidade é nobre, e recompense os esforços de quem a esta causa se dedica de alma e coração.